Anna Wintour é tudo o que eu admiro numa mulher de sucesso (embora mulheres obcecadas pela carreira não sejam o meu cup of tea): é movida pela paixão, e não só pela ambição. Equilibra arte, beleza e êxito material. Teve alguns privilégios de berço – o suficiente para lhe conferir bom ar, elegância e referências – mas conseguiu o resto sozinha, com um misto de disciplina e rebeldia. E acima de tudo consegue ser dura, mas feminina: não só no visual, mas na forma de pensar. Prova provada de que as mulheres não precisam de agir ou raciocinar como homens para vingar no mundo dos negócios. Basta que adaptem a ancestral e difícil arte de ser mulher ao terreno em que se movem; que saibam tirar partido da subtileza e intuição de que a Mãe Natureza as dotou.
Em entrevista, a editora-chefe da Vogue revelou um conselho que subscrevo inteiramente: a boa e velha técnica de sorrir e assentir ou como eu lhe chamo, sit there and look pretty:
"Mesmo quando estou completamente indecisa, finjo que sei exactamente do que estou a falar e tomo uma decisão".