Gordon Ramsay pode ser conhecido pelo seu temperamento (no mínimo) volátil, mas há algo que ninguém pode negar: no que diz respeito à cozinha e restauração, sabe bem do que fala. Ramsay deu, em entrevista à agência noticiosa France Presse, uma série de conselhos para que quem coma fora de casa possa aproveitar a experiência ao máximo.
A mais original? Evitar pedir as especialidades da casa. “Os pratos especiais estão lá para desaparecer durante a noite. Quando estão listadas dez ‘especialidades’, não devem ser especiais”, garante o chef de 50 anos.
Para assegurar que não falta espaço para um jantar romântico, Ramsay acrescenta ainda que se deve reservar uma mesa para três pessoas e não para duas. Não só ficamos com mais espaço para jantar, explica, como “não ficam presos num canto como uma cunha para portas”.
Já no que diz respeito ao vinho, o empresário afirma que não devemos ter medo de debater com os empregados (alguns estabelecimentos disponibilizam mesmo um escanção especializado no assunto). Gordon recomenda que se peçam as garrafas de vinho “do fundo da caixa”. São as últimas garrafas de vinho dos caixotes, que costumam ser vendidas a um preço reduzido. “Temos medo de falar com os escanções porque achamos que vamos ser enganados. Peçam-lhes que vos arranjem uma ótima garrafa de vinho e dêm-lhes um preço máximo. Nunca mais de 30 dólares [cerca de 27 euros]”, aconselha o cozinheiro britânico.
Por fim, recomenda cautela com as descrições extraordinárias dos pratos servidos. “Quando me dizem que têm uma ‘famosa lasanha’, pergunto-me: quem é que a fez famosa? Arranjam nomes como ‘os melhores e mais famosos profiteroles do país’. Quem é que disse isso? Quem arranjou esse nome? ”, questiona-se.
O novo programa de Gordon Ramsay, The F Word, estreou no dia 31 de maio na FOX nos Estados Unidos. O “F”, diz o cozinheiro no Facebook, é simplesmente a inicial de “food” (comida). Conhecendo Ramsay como conhecemos, fica a dúvida.