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Poike

O que é?

É uma doença grave, que se não for tratada a tempo leva a uma perda de visão, que pode ser total e irreversível.

Como acontece?

Como a retina está associada a outras camadas que lhe dão suporte e nutrição, quando acontece a separação dessas camadas dá-se o descolamento da retina. “É como se tivéssemos uma piscina com papel de parede. Quando há um rasgão no papel, a água entranha-se e faz com que o papel se separe da parede. Neste caso, ao separar a retina da camada posterior que lhe dá nutrição, as células morrem e as pessoas deixam de ver”, explica António Sampaio, oftalmologista do Instituto de Microcirurgia Ocular. “Existem vários tipos de descolamento da retina. O mais frequente é consequência duma rasgadura ou de um buraco da retina, é o descolamento de retina regmatogéneo. Há também os exsudativos, que resultam de alterações inflamatórias e vasculares da retina. E ainda os descolamentos de retina tradicionais, mais frequente na retinopatia diabética”, revela João Feijão, oftalmologista.

Quem está mais em risco?

“Quem tem mais 50-60 anos – embora nos altos míopes (com mais de 6 dioptrias) possa ocorrer mais cedo – e em pessoas que já tenham tido um descolamento no outro olho. Não é hereditária, embora haja algumas doenças da retina que são hereditárias e que têm um risco maior de descolamento da retina, como é o caso da miopia”, revela António Sampaio.

Quais são os sintomas?

“Há 3 ou 4 sintomas que devem alertar as pessoas para o risco de descolamento da retina: começar a ver umas mosquinhas, uns cabelos, umas aranhas (miadesópsias) ou uns flashes e luzes (fotopsias). Pode ocorrer também uma diminuição, uma amputação do campo de visão. As pessoas dizem que veem uma mancha, que pode ir aumentando à medida que aumenta o descolamento da retina”, diz João Feijão.

Quando isso acontece, convém ser visto por um médico oftalmologista com a maior brevidade possível, “porque o que está a acontecer é umas rasgadura ou lesão na retina. E isso é tratável com laser, evitando assim que a retina se descole, o que é mais grave. Se entretanto a retina descolar, a pessoa começa a perder campo visual, fica com uma sombra, como uma cortina que se vai fechando ao longo dos dias, até se ficar completamente cego. Mas às vezes é súbito, já tive doentes que se deitaram a ver e acordaram cegos, mas isso é extremamente raro”, assegura-nos António Sampaio.

Embora seja raro, pode haver um descolamento da retina nos dois olhos, sobretudo se houver um traumatismo, como uma pancada ou um embate brusco, como um acidente de viação.

Como se trata?

O tratamento do descolamento da retina é só cirúrgico e o timing é muito importante, portanto deve ir ao oftalmologista o mais rapidamente possível, ou às urgências. “Tem de se fazer o tratamento na primeira semana, o ideal é operar antes de a zona central estar atingida, a mácula”, adianta o especialista, “e se o rasgão for na zona superior, um doente pode perder a visão toda em um ou dois dias. Como dá conta dos sintomas, vai logo ao médico e é operado rapidamente. O drama é quando são descolamentos inferiores, porque só começam a dar sintomatologia quando tem o descolamento há várias semanas, e como já teve muito tempo de evolução, apesar da cirurgia ser feita da mesma maneira, há mais risco de vir a ter complicações”, e pode não recuperar totalmente a visão.

E recupera-se a visão?

“Se a mácula está preservada, a zona central da retina, quase todos os doentes ficam com uma boa visão. Quando a mácula está descolada, e as pessoas deixaram de ver, aí é mais complicado. Em termos anatómicos temos uma taxa de sucesso de 95% em termos globais, 50% dos doentes veem mais que 5 décimos”.

Como funciona o olho

Imagine que o olho é uma máquina fotográfica (analógica) e a retina, que é uma fina membrana de células nervosas e está na parte interna posterior do olho (a camada mais interior) é o rolo. Para termos boas fotografias convém que a máquina funcione como deve ser, que a luz chegue ao sensor sem ‘impurezas’ pelo meio. Com o nosso olho o processo dá-se de forma equivalente, ou seja, como o sistema ótico do olho está focado na retina, a luz tem de a atingir em perfeitas condições, ou seja, todos os meios (a córnea, o cristalino e o humor vítreo, uma espécie de gel) têm de estar transparentes (sem ‘mosquinhas’) e bem interligados entre si. Quando a luz atinge a retina, esta vai transformá-la em impulsos nervosos que vão do nervo ótico para o cérebro, o ‘computador’. E este ‘traduz’ a luz em imagem.

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