Bailey Cooper foi diagnosticado com um Linfoma não-Hodgkin em 2016. Em 2017, numa altura em que a doença se agravava, o rapaz soube que a mãe, Rachel, estava grávida de uma menina. “Tudo o que ele queria era conhecer a irmã. O Bailey sabia que algo não estava bem, ele senti-o. No final de agosto, disseram-nos que ele não ia sobreviver. Deram-lhe de dias a algumas semanas. Fomos bastante sinceros com ele. E ele só pensava, ‘Oh não, não vou conhecer a minha irmã’“, conta o pai, Lee, à revista People.
Mas algo mudou. A enorme vontade de conhecer a bebé, Millie, parece ter dado as forças necessárias ao rapaz, que vivia em Bristol, Inglaterra, com os pais, para viver mais que o esperado. “Ele estava muito entusiasmado“, revela Lee, acrescentando que a criança teve um papel muito importante na gravidez da mãe. “Ele agarrava-se a ela, tentava ouvir o bebé na barriga, cantava para ela, como se antecipasse o momento em que se conheceriam. Lia histórias e cantava para a bebé se familiarizar com a voz dele“, acrescenta.
A 30 de Novembro de 2017, nasceu Millie. Menos de um mês depois, na véspera de Natal, Bailey, que conseguira cumprir o seu principal desejo, perdeu a batalha contra a doença. “Ele conseguiu aguentar-se, basicamente. Como o fez, não sabemos. Ia até ao hospital o mais rápido que podia, trocando os pés, e tínhamos de lhe passar a Millie. Ele sentava-se numa cadeira com ela ao colo e não queria largá-la. No pouco tempo que esteve com ela, fez tudo. Deu-lhe comida, banho, mudou-lhe a roupa e cantou para ela todos os dias até não o conseguir fazer mais“, lembra.
Lee acrescenta que, apesar das saudades – da companhia do rapaz, do seu sorriso, das piadas -, passaram nove anos e meio muito felizes com ele. E, agora, fazem questão de falar nele todos os dias à bebé que, dizem, já aponta para as fotografias do falecido irmão sempre que ouve o seu nome.