Numa altura em que a crise do plástico – material nefasto em excesso no planeta – é mais falada que nunca, importa referir que este não é só um tema com consequências para o ambiente, mas também para nós, humanos. E com a verdadeira solução a prever-se um caminho longo, são os pequenos primeiros passos que fazem toda a diferença.
Mais de 3 mil milhões de pessoas no mundo, o que equivale a quase metade da população mundial, vivem sem acesso a uma recolha organizada de resíduos. Muitas delas apanham-nos para, posteriormente, vendê-los e conseguir o suficiente para (sobre)viver abaixo do limiar da pobreza. Ainda assim, e embora estas pessoas, maioritariamente, sejam mulheres, fazem um trabalho essencial para prevenir que os resíduos de plástico acabem nos oceanos ou rios.
Por isto – e muito mais -. a The Body Shop lançou o seu primeiro projeto de Comércio com Comunidades de Plástico Reciclado, em parceria com a Plastics For Change, num compromisso para enfrentar a crise do plástico de forma inovadora. Na visão da marca, banir o plástico não é a solução, já que acredita que este pode ser sustentável, desde que lhe seja dado o devido valor, por exemplo, através da reciclagem.
E para marcar o lançamento do programa, a empresa revelhou uma obra de arte de dimensões gigantes – feita com plástico reciclado conseguido por recolhedores de lixo de Bangalore – que representa uma recolhedora de lixo indiana. Com assinatura de Michael Murphy, a obra não deixa ninguém indiferente. Comprove no vídeo que se segue.
O Champô de Karité será um dos primeiros produtos da marca cuja embalagem de 250ml será feita através de plástico reciclado e, no futuro, esperam conseguir que todas as garrafas, exceto as tampas, sejam fabricadas com 100% deste material reciclado. Ao longo de 2019, a The Body Shop comprará 250 toneladas de plástico reciclado, proveniente de Comércio com Comunidades, para usar em quase três milhões de garrafas de 250 ml de champôs e condicionadores.