Numa altura em que o mundo combate uma pandemia, são muitas as questões que se levantam – e que nunca nos tinham passado pela cabeça.
Enquanto muitos de nós estamos recolhidos em casa e a respeitar o distanciamento social, há pessoas que não têm esse privilégio. E mesmo quem pode optar pelo regime de teletrabalho dá por si em certas circunstâncias, como uma ida ao supermercado ou à farmácia, em que sair à rua é uma necessidade. Nesses casos, durante este período delicado, é importante saber como proceder no regresso.
Já sabemos que lavar as mãos durante 20 segundos (ou mais) é essencial, tal como desinfetar o telemóvel, as chaves de casa e os cartões de crédito, etc. Mas pouco se fala sobre o que se deve fazer às roupas que usamos na rua.
De acordo com o Centro para Prevenção e Controlo e de Doenças (CDC, na sigla original) dos Estados Unidos, os vírus da gripe morrem com temperaturas acima dos 75ºC, bem como com alguns produtos, incluindo o cloro, a água oxigenada, o álcool e detergentes. Neste momento, não há razão para não acreditar que os mesmos não serão bons aliados na luta contra o novo coronavírus. Por esse motivo, o CDC recomenda que as roupas usadas no exterior sejam lavadas à temperatura mais quente possível (recomendada para o material, de modo a não as danificar) e, de seguida, deve deixá-las secar completamente.
A entidade também recomenda que as pessoas limpem e desinfetem – são dois processos diferentes – quaisquer superfícies onde as peças de vestuário, lençóis e toalhas tenham estado armazenados como, por exemplo, o cesto da roupa suja. E mais: se for possível, forre o recipiente com um saco de plástico, que deve deitar fora sempre que fizer máquinas de roupa.
Em declarações ao site Refinery29, o professor de microbiologia e imunologia Charles Gerba, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, disse que os coronavírus são transmitidos de uma superfície para uma pessoa com mais facilidade se essa superfície for dura, como o aço inoxidável, do que macia, como o tecido. Contudo, sublinha que isso não significa que os tecidos não “agarrem” os vírus.
Assim sendo, é melhor prevenir do que remediar.