
Em jeito de resumo, podemos dizer que a inteligência emocional é a capacidade que temos de compreender e gerir as nossas emoções – algo que, por sua vez, nos ajuda a interagir de forma mais harmoniosa e eficaz com os outros. Mais que nunca, temos ouvido falar neste conceito e na importância que ele tem, certo?
Pois bem, como desafio #cartabranca desta semana, decidi começar (ou continuar) a desenvolver esta ferramenta. Sempre me interessei por temas de desenvolvimento pessoal e, em qualquer livraria a que vá, este é um dos meus guilty pleasures. Mas nem tudo é um mar de rosas.
Dica após dica, fui-me apercebendo que esta é uma área muito específica e que ler o “livro certo” na “hora errada” pode deixar-nos algo frustrados e com a sensação de que não existe solução para o nosso problema. Já me aconteceu e isso fez com que os policiais voltassem a ser o tipo de leitura a ganhar um lugar na minha mesa de cabeceira.
Tudo isto para dizer que (ainda) não encontrei “O livro”, mas que, ao pesquisar sobre inteligência emocional, me deparei com um artigo que se revelou mais útil do que poderia pensar. O título é “11 perguntas que os líderes autoconscientes fazem a si mesmos diariamente” (parece uma verdadeira treta, não é? É. Mas não é. Se é que me entendem).
Em primeiro lugar, não importa se se considera “líder”. Este é um conceito algo vago e que, na minha opinião, pode ser aplicado ao mero (e essencial) facto de sermos os grandes responsáveis pela nossa própria felicidade. Somos os nossos próprios líderes, certo? Portanto, nada como fazermos de tudo para nos sentirmos bem connosco.
No curto texto (que pode encontrar, em inglês, aqui), é referido que Francesca Gino, professora de Harvard, descobriu que os trabalhadores que passam 15 minutos a refletir sobre o próprio dia se sentiram mais capazes, competentes e no controlo. E, acreditem ou não, foi algo muito semelhante que senti, após responder às 11 questões propostas no artigo.
Para ver resultados, não fiz aquilo que cheguei a fazer no passado – responder às questões mentalmente -, optando antes por fazê-lo num papel. Peguei num caderno e caneta e respondi, da forma mais honesta possível, a cada uma das questões. Demorei cerca de 10 minutos a fazê-lo e, no fim, foi como uma “lufada de ar fresco”.
Reconhecer, no papel, coisas como os momentos em que me sinto no meu melhor, as minhas fragilidades, ou mesmo objetivos específicos para o futuro, deu-me uma espécie de boost, uma motivação extra para enfrentar o dia e fazer de tudo para alcançar metas pessoais que tenho. Mesmo que pequenas.
Isto não é uma receita milagrosa. É, sim, um primeiro passo daquela que será, a partir de agora, uma rotina: responder, diariamente, a estas e outras questões e refletir, por escrito, sobre os meus dias, as minhas metas e tudo o que fiz para as alcançar.
Isto também incluirá, com certeza, aqueles dias em que fico sentada no sofá a ver Netflix e a atacar o frigorífico. Afinal, não somos de ferro e subir os degraus para chegar ao “topo” que queremos é uma caminhada que exige algumas pausas. E está tudo certo.
Vejam, na galeria que se segue, as 11 perguntas, traduzidas para português, e partilhem as vossas dicas de autoconhecimento nas redes sociais com a hashtag #cartabranca. E, claro, não se esqueçam de identificar a ACTIVA. Na próxima quinta-feira, voltamos a encontrar-nos por aqui. Até lá!