Que todos os nossos guilty pleasures fossem saudáveis, não é verdade? Porém, se fizermos uma lista das coisas que nos dão mais prazer comer, com certeza encontramos alguma opção não-tão-má. No meu caso, diria que os frutos secos (e respetivas “manteigas”) são um bom exemplo disso.
Como podem imaginar – e como qualquer adepto de uma alimentação saudável saberá -, estes não só são bastante calóricos (e nem sempre temos o autocontrole desejável), como a etiqueta do preço não costuma ser lá muito simpática. E foi por isso que, nesta semana, tive #cartabranca para dar a volta a este “inconveniente”.
A ideia surgiu depois de estar há algum tempo sem manteiga de amêndoa (que amo!) em casa, porque deixei de a encontrar no supermercado a que costumo ir – e não me dei ao trabalho de procurar noutros sítios. Afinal, este só poderia ser um “sinal” de que a minha conta bancária estava muito bem sem um gasto de 12 euros a cada dois meses.
É verdade. Cada pote deste produto não custa muito menos que aquele valor – a menos que esteja em promoção ou que seja uma opção menos “natural”. E dói ver cada cêntimo sair da nossa conta por um único produto. Mas é o que há. Ou havia. Isto porque descobri o quão fácil é fazê-lo de raíz.
Ora, ingredientes? Apenas um: amêndoas. Qualquer receita que procuremos na internet leva, por norma, apenas amêndoas. Fiz as minhas pesquisas e percebi que basta torrá-las, deixá-las arrefecer e, depois, ir triturando até formar uma pasta. Ah, e adicionar uma pitada de sal, se quisermos.
Como tinha amêndoas em casa não precisei sequer de ir comprar nada para esta experiência. Deitei-as numa frigideira, torrei-as levemente (porque as que tinha já eram torradas e com um pouco de sal) e coloquei-as na liquidificadora.
É aconselhado que se vá fazendo pausas na trituração, para limpar as “paredes” da liquidificadora, de modo a começar a formar a pasta. Fi-lo umas cinco vezes mas creio que a quantidade de amêndoas que tinha era pouca, pelo que as lâminas não estavam a dar conta do recado. Mas, pelo menos, ficou tudo triturado.
Dadas as circunstâncias – e depois de desesperar uns trinta segundos por achar que não ia poder contar-vos nada de interessante hoje -, adicionei um pouco de água (cerca de uma chávena de café). Et voilà, perfeição! Ficou tal e qual uma manteiga de amêndoa de 12 euros – mas muito, muito mais em conta.
No final, juntei uma colher de chá de canela para um toque adocicado, a contrastar com o sal, e misturei tudo. Deitei a pasta para um pote de vidro que tinha por cá e deliciei-me com o pequeno-almoço básico que podem ver na galeria – bem como o passo a passo – e (alerta, clichê) uma sensação de missão cumprida.
Já experimentaram fazer alguma manteiga de frutos secos em casa? Mostrem-nos as vossas experiências, nas redes sociais, identifiquem a ACTIVA e utilizem a hashtag #cartabranca. Boa semana e até à próxima!