As influencers tornaram-se as grandes referências de estilo e lifestyle, transformando as campanhas de beleza em algo mais acessível, através de uma comunicação fácil, leve e natural. Mas real? Nem sempre.
Para garantir uma maior transparência no ramo da publicidade, a Advertising Standards Authority, que é a organização autorreguladora da indústria de publicidade no Reino Unido, baniu os “filtros enganosos” em campanhas de beleza. Isto significa que qualquer filtro que possa exagerar o efeito de um produto, alterando coisas como a cor e textura da pele, está proibido.
De acordo com informações divulgadas pela BBC, os conteúdos patrocinados que violem essas regras serão removidos e banidos das plataformas online. A decisão foi tomada após a análise de duas imagens de influenciadores que usaram um filtro que deixava a pele mais escura para promover um produto bronzeador, potencializando digitalmente a eficácia do mesmo.
A propaganda enganosa não é o único efeito negativo dos filtros. Em 2018, um estudo divulgado pela revista científica “JAMA Facial Plastic Surgery Viewpoint ” revelou que os adolescentes estavam a procurar cirurgiões plásticos com fotos editadas deles próprios como referência, em busca de resultados que se assemelhassem aos filtros das redes sociais. O fenómeno é conhecido como “snapchat dysmorphia”.