
Pisamo-la muitas vezes, alguns de nós todos os dias, e nem sempre lhe damos valor, mas a Calçada Portuguesa pode tornar-se o nosso décimo motivo de orgulho nacional, pelo menos no que à UNESCO diz respeito: já foi entregue a candidatura da ‘Arte e Saber-fazer da Calçada Portuguesa’ ao Inventário do Património Cultural Imaterial da Humanidade.
A candidatura teve a participação de mais de 50 calceteiros, a colaboração de 8 municípios – Braga, Estremoz, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto de Mós e Setúbal e o apoio de mais de 20 instituições nacionais públicas e privadas. O objetivo é preservar e promover esta arte, que corre o risco de extinção.
Entende-se como Património Cultural Imaterial práticas ou representações que fazem parte da nossa História enquanto povo. Podem ser objetos ou artesanato, mas também tradições, acontecimentos ou artes. A ideia é ajudar a preservar aspetos importantes da nossa cultura para que não sejam destruídos pela ‘modernidade’.
A ser aceite, as Calçadas serão o décimo elemento dos registos portugueses como Património Cultural Imaterial da Humanidade, vindo juntar-se ao Fado, à Dieta Mediterrânica, ao Cante Alentejano, ao Fabrico de Chocalhos, à Louça Preta de Bisalhães, ao Artesanato de Barro de Estremoz, aos Caretos de Podence, à Falcoaria e às Festas de Campo Maior.