Falando superficialmente, eu acho muito boa ideia. Qualquer menina ou senhora, mesmo antes de pensar em ter filhos, sabe (ou deve saber) que uma mulher jamais pode deixar a beleza e feminilidade de lado – mesmo, ou especialmente, numa fase que pode ser de grande felicidade, mas menos lisonjeira para a auto estima.
Convém que a cada segundo se combata a infernal tentação, que assalta muitas recém mamãs, de esquecer o seu lado mulher e esposa para passar a assumir-se redutoramente como “uma mãe”.
Foi algo que as mulheres da família sempre me martelaram aos ouvidos; não quer dizer que todas tenham de recuperar a figura a velocidade de Hollywood, não quer dizer que valores mais altos não se levantem durante os primeiros tempos, mas o desleixo é fatalpara a beleza e para a felicidade conjugal.
Ora, se as cintas são imprescindíveis para devolver tudo ao seu lugar, sempre há-de ser mais motivador vestir uma cinta bonita do que uma com cara de ligadura.
Conheço mais casos do que gostaria de mulheres que entraram em modo “super mãe” e prolongaram esse péssimo hábito muito além das primeiras semanas, muito além dos meses de amamentação, muito além do razoável: ou porque o pequeno dorme mal e passam a ficar no quarto da criança, ou a não se embelezar porque não têm tempo para nada, ou porque o bebé lhes suja a roupa toda, ou a deixar-se engordar porque “é mesmo assim”. Até pode ser mesmo assim (e nós, mulheres, vimos programadas com uma enorme capacidade de sacrifício a contar com isso mesmo) mas a disciplina não pode ser deixada de parte porque o preço é demasiado alto. Para o espelho e para a vida amorosa.
Depois os homens zangam-se, não sem uma certa razão, porque uma coisa é serem cooperantes e compreensivos (que é a sua sagrada obrigação) outra é casar com uma mulher e sair-lhes outra. E depoisAqui D´El Rei, que não sei que bicho mordeu ao meu marido.
Ora, a colecção de Dita Von Teese não foi lá muito bem recebida por algumas mães, por motivos que até são plausíveis…e por outros que nem por isso. E “é óbvio que a Dita nunca foi mãe” é a desculpa número um.
Como de costume, há muitas ideias New Age e feminismos parvos a preencher colunas de jornal…
– Algumas alegam que a última coisa que lhes apetece ver à frente ésoutiens com rendinhas, porque a pele está muito dorida: isto até se entende, embora haja rendinhas que arranham (e essas nunca se devem usar, quanto mais em casos desses) e rendas macias. É de esperar que um soutien de amamentação seja extra fofinho. Suponho que este seja- é o mínimo – e além disso, não só um dia não são dias (pode sempre usar-se algo mais bonito em ocasiões especiais) como a amamentação é um processo longo, pelo que não se estará sempre no mesmo grau de intolerância às rendinhas, eu acho.
– Outras dizem “a última coisa que eu quero é parecer sexy – tomara eu que o meu marido me deixe em paz!!” – ah, cuidado com o que pedes, lá diz o ditado. O cavalheiro pode mesmo fazer-lhes a vontade . Então vai de se porem o mais feias possível? Boa receita para criar um filho sozinha. E depois nem é uma questão de parecer sexy, é uma questão de parecer BONITA, feminina,quanto mais não seja para lhe mostrar que a espera vai valer a pena. O romance é algo permanente, não se destina só ao imediato. Mas estas senhoras não aprenderam nada?
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