Nunca tivemos à disposição tanta oferta como a que temos hoje, mas, curiosamente, vestimo-nos quase todos da mesma maneira. Se nesta estação a tendência é botins à cowboy, saímos à rua e é uma overdose de botas deste estilo. Se noutra estação a tendência é casacos oversize, a qualquer lado que vamos, deparamo-nos com pessoas a usar este modelo em todas cores. E tudo isto é, em grande parte, “culpa” das grandes cadeias como a Zara, Mango, Berskha ou Stradivaruius, entre outras, que reproduzem em quantidades industriais os modelos apresentados nas grandes passerelles de Paris, Milão, Londres ou Nova Iorque. A democratização do luxo é fantástica porque nos permite ter aquela carteira de corrente estilo Gucci ou Chanel, a preços acessíveis e com a sensação DE que também nós temos um estilo trendy. E não há nada de mal nisto. Muito pelo contrário.
Mas até que ponto é que esse é o seu estilo? Será que é mais importante seguir as tendencias ou encontrar uma identidade própria? Como conseguir gerir a vontade de estar na moda e preservar a nossa identidade, que é, no fundo, o que nos torna únicos?
Não fique refém da moda
Não compre por impulso ou porque é tendência. Perceba se aquela peça faz sentido no seu guarda-roupa, no seu dia a dia e, sobretudo, se combina com a sua personalidade. E já nem sequer é uma questão de termos ou não as supostas medidas certas, mas perceber se aquela peça a valoriza ou não. De que adianta, por exemplo, ter sapatos de saltos altos se não se sente confiante para andar com eles? Claro que deve ter uma peça diferente, que usa em ocasiões em que quer marcar uma diferença – não para os outros mas para sim mesma. Escolha a sua roupa e acessórios em função de como se sente bonita, confortável e bem na sua pele.
Conhece-se bem?
Autoconhecimento é fundamental para criar o seu estilo. É extremamente importante saber aquilo de que gosta, seja ao nível da estética, das cores, das texturas… Não é porque a saia de lantejoulas volta a ser tendência que tem de gostar. Ou até pode gostar de ver nos outros e não em si. Ou gostar mas não achar confortável… Ouça-se a si mesma , olhe-se ao espelho e perceba se vai usar aquele fato de veludo azul que viu na Gigi Hadid uma vez ou se é uma cor que não se importa de repetir vezes sem conta. Seja franco consigo próprio e não se deixe influenciar pelos outros. As tendências são apenas sugestões, cabe-lhe assim escolher – em consciência – o guarda-roupa que se molda à sua personalidade, à sua autoconfiança, ao seu dia a dia e até ao ‘seu bolso’.
Seja livre nas suas escolhas. É isso que é – também – estar na moda.