“Esta coleção é o retrato de uma parisiense sensível e ousada”, disse Virginie Viard, a diretora criativa da Chanel, sobre a apresentação mais recente, na semana da alta-costura de Paris. “É como estar sobe a linha que separa a força da delicadeza”.
A combinação de tweeds, chiffons de seda, organza e rendas embutidas, numa miríade de motivos florais e gráficos, mostra bem a visão de Viard sobre esse universo rico e feminino. Apesar do brilho dos saltos e botões dourados, a coleção adotou uma simplicidade reconfortante.
Cores seguras, mas discretas, saias de tweed douradas com plissados, sobretudos de inspiração masculina e blusões delicadamente estruturados. Todos contribuíram para o fascínio subtil do desfile. A determinada altura, uma modelo passeou um cão na passarela, criando um dos momentos mais instagramáveis da noite. Porém, o toque parisiense por excelência talvez tenha sido a adição de uma cesta de frutas, numa homenagem às mulheres naturais de Paris nos anos 1970.
Viard descreveu a sua abordagem como: “Transmitir emoções, reunir os elementos mais improváveis, fazer as coisas à própria maneira, apenas sonhar”.