
Joana Inês-Soares, conhecida pelo projeto Violeta Cor de Rosa, foi a artista escolhida pela marca de roupa interior Triumph para uma colaboração inédita: criar uma obra de arte única que ficará exposta na loja da marca no Oeiras Parque. O espaço integra agora o conceito My Atelier, que pretende refletir a filosofia da Triumph: celebrar a individualidade, num contexto de autenticidade onde as mulheres se sentem livres para serem quem são.
A escolha de Joana-Inês Soares foi natural. “Ficámos imediatamente cativados pelo estilo da Joana, pois acreditamos que o seu trabalho artístico incorpora na perfeição os valores da Triumph. A sua delicadeza, a sua exploração suave, mas ousada, da cor, da emoção e identidade contam uma história de liberdade pessoal e de auto-expressão. A atmosfera que ela cria é acolhedora e elegante”, explica Alessandra Colombo, Marketing Manager da Península Ibérica da Triumph, que faz questão de apoiar talentos femininos emergentes.

Aproveitámos a ocasião para conhecer melhor a artista.
Os seus pais estão ligados à música, como é que a música influenciou e continua a influenciar a sua vida?
Sim, os meus pais foram músicos numa determinada altura da vida deles. A música tem grande importância na minha vida. Ajuda-me a criar e transporta-me para inúmeras sensações e emoções.
Como surgiu o interesse pela Arquitetura e como chegou onde está hoje?
Desde miúda sempre gostei de criar espaços. Naturalmente do processo de criação que acaba por ser idêntico a qualquer arte. Sem a Arquitetura não seria a artista que sou.
Como recebeu o convite da Triumph para criar uma obra única para a loja My Atelier no Oeiras Parque?
Muito entusiasmo pelo desafio proposto. Já tinha colaborado com a Triumph em 2019 e reconheço os valores da marca.
Qual o processo criativo que a levou ao resultado final da obra que criou para a loja? Quais
foram as inspirações e que valores da marca estão refletidos?
Conseguindo cruzar a singularidade e valores que a marca tenta passar com a minha arte. Tentei enaltecer o facto de cada mulher ser única.
Como é que é criar três filhas, sente responsabilidade acrescida por serem mulheres? Que
mensagens relacionadas com género lhes passa conscientemente?
Hoje em dia acho que é difícil criar qualquer criança, independentemente do género, com tantos estímulos que existem à nossa volta. Não é fácil ser criança hoje em dia e enquanto pais também estamos a assistir a uma mudança de padrões/modos de vida. O respeito pelo próximo será sempre uma mensagem que tento reforçar.
Preocupa-se com os sinais de retrocesso que existem atualmente em relação às questões de género?
Não sinto que haja retrocesso – o que vejo é que hoje em dia há uma voz mais activa que se tenta impor, para garantir uma igualdade de género. A mulher está a ganhar uma expressão muito maior.
Quais são as suas grandes causas? Refletem-se no seu trabalho?
No meu trabalho tento que a minha identidade seja mantida. Mesmo quando arrisco em algo mais arrojado quero sempre que haja uma referência que faça chegar até mim. Acabo por colocar na pintura um pouco daquilo que sou – as minhas preocupações, confissões e paixões.
Quais seus grandes projetos para o futuro?
Gostava de um dia voltar a projetar – tenho saudades – e de conseguir manter a pintura até sempre.

Fotos: divulgação