A 27 de maio estreia uma das séries mais esperadas pelos filmes da franquia “A Guerra das Estrelas”. “Obi-Wan Kenobi” é o nome desta produção que traz de volta uma das personagens mais amadas, que volta a ser interpretada por Ewan McGregor. Mas o entusiasmo não fica pelo regresso desta personagem: além da nova história que se foca no desenvolvimento de Kenobi, há ainda o regresso de Darth Vader, o vilão icónico que surge novamente com a pele do ator que o interpretou na prequela: Hayden Christensen.

Dias antes desta estreia tão aguardada na plataforma de streaming Disney +, a Activa.pt teve a oportunidade de conversar com a mulher que passou esta história do papel para o ecrã. Deborah Chow foi a realizadora escolhida pelos produtores executivos Jon Favreau e Dave Filoni para assumir esta missão, a primeira mulher a ficar responsável por um live-action completo desta franquia.

Uma aventura que assumiu com entusiasmo. Afinal, além de profissional reconhecida é também uma grande fã de “A Guerra das Estrelas”. Antes de “Obi-Wan Kenobi” tinha sido convidada para realizar dois episódios de “Mandalorian”, que também se passa dentro deste universo. Agora, está pronta para mostrar ao mundo a sua visão sobre uma personagem que tanto admira. 

 

Como se tornou a realizadora escolhida para reunir duas das personagens mais populares do universo “A Guerra das Estrelas”, Obi Wan-Kenobi e Darth Vader?

Não sei como acabei por ser eu a escolhida para reunir estas personagens. Comecei por participar em episódios de “Mandalorian” e depois tudo evoluiu para me tornar responsável por esta série. Nunca imaginei que fosse isto que acabasse por acontecer. 

Como se sente como a primeira mulher a realizar uma série live action completa deste universo?

Tento não pensar muito nisso, pelo menos no que toca à responsabilidade que tenho por ter conseguido esse feito. Mas tem sido uma experiência incrível. Comecei por realizar alguns episódios em “Mandalorian” e fiquei um pouco chocada quando me deram a responsabilidade de “Obi-Wan Kenobi”. Sou uma realizadora e quero que o foco seja para o trabalho que tenho de fazer. Além disso, felizmente a Lucas Films tem muitas mulheres em funções relevantes, o que me faz sentir muito apoiada nesta missão. 

Como foi manter a sua visão ao mesmo tempo que ligava esta série aos restantes filmes da saga?

Esse foi um dos maiores desafios. Estamos a contar uma história que existe entre duas trilogias e num período de tempo diferente. Há claramente uma maior ligação à prequela. No que toca à visão, um dos aspetos mais relevantes que a série permite é que nos foquemos especialmente numa personagem e na sua demanda. Queria muito que isto fosse a história de Obi-Wan Kenobi. Acabou por ser entusiasmante procurar o equilíbrio entre isso, falar de algo novo e original ao mesmo tempo que contava uma aventura que fosse natural e orgânica, consistente dentro do cânone “A Guerra das Estrelas”. 

Ainda que a série se chame “Obi-Wan Kenobi”, que representa a luz, a história parece apresentar um lado negro bastante forte, correto?

A história tem lugar 10 anos após os acontecimentos de “A Vingaça dos Sith”, episódio III. É um período muito negro da história da Galáxia, posterior à Ordem 66, que matou muitos dos Jedis e levou outros a esconderem-se. Surgem os Inquisidores, que têm a missão de descobrir os Jedis que escaparam, e o Império está a ter cada vez mais poder. É um período muito interessante, com elementos muito fortes ligados ao lado negro da Força. 

No trailer vemos um jovem Luke Skywalker. Quanto desta personagem vamos ver na série?

Não posso revelar muito sobre esse assunto. Mas toda a gente sabe que o Luke tem uma forte ligação ao Obi-Wan, à sua história. Quando terminou “A Vingança dos Sith” ele ficou incumbido de vigiar o rapaz e esse é o ponto inicial desta série. Mas desse ponto até ao desenvolvimento da história… muito acontece.

E como foi tomada a decisão de trazer de volta Darth Vader?

Foi um assunto muito discutido e debatido. Mas aquilo que nos fez tomar a decisão de o trazer de volta nesta série foi o facto de querermos focar no Obi-Wan. Tivemos de rever a história dele, da sua jornada, de quem foi importante na sua vida, do que aconteceu de mais profundo que o afeta no momento presente da trama. Claro que o Anakin, ou Darth Vader, tem um papel muito significativo na vida do Obi-Wan. Para termos evolução na personagem de Obi-Wan precisávamos do Anakin.

Como foi trabalhar com atores que já tinham vestido a pele destas personagens?

O maior desafio foi para com o respeito do legado de cada personagem. Não tanto os atores em si. Todo o elenco foi incrível. O difícil era ter a certeza de que estávamos a ser fiéis a estas figuras tão icónicas e com as quais o público tem uma relação tão forte. Todos sentimos a responsabilidade de fazer justiça a isso. 

Falou dos Inquisidores, figuras que finalmente chegam ao live-action. Como foi trabalhar nestas personagens?

É um grande desafio transportar algo da animação para o live-action. A minha maior preocupação foi manter a personalidade e espírito destas personagens. Queria ter a certeza que passavam a mesma ideia e conceito que têm no formato animado. 

Teve alguma inspiração especial para o ambiente desta série? “Mandalorian”, por exemplo, traça fortes paralelismos com o que se faz normalmente nos filmes western. E “Obi-Wan”?

Uma das coisas que mais gosto nas séries deste universo é que podemos fazer algo um pouco diferente. Podemos tirar uma personagem de um franchise e explorá-la de forma mais profunda. “A Guerra das Estrelas” sempre transmitiu um ambiente inspirado nos filmes western ou de samurais, e acho que é importante manter isso. Nesta fase da história, sinto que os samurais têm uma forte ligação aos jedis, pois não são apenas guerreiros, mas pessoas que vivem com base num código específico. 

Se em “Mandalorian” vimos mais o lado western de “A Guerra das Estrelas”, agora faz mais sentido explorar o ambiente ligado aos samurais, por causa da própria natureza do Obi-Wan. Acredito que isso ajudou a dar ainda mais profundidade a esta personagem.

Onde foram feitas as filmagens?

Grande parte no estúdio. Gravámos esta série durante a pandemia, o que não facilita o acesso ao exterior. Apesar de também ter acontecido filmar no exterior, mas fundamentalmente o trabalho foi quase todo feito em estúdio.

Trabalhou diretamente com Jon Favreau e Dave Filoni nos episódios que realizou em “Mandalorian”. Que aprendeu com eles sobre os elementos-chave de “A Guerra das Estrelas” e como os usou em “Obi-Wan Kenobi”?

Acho que não poderia ter feito “Obi-Wan Kenobi” se antes não tivesse trabalhado em “Madalorian”. Uma das primeiras coisas que aprendi foi a complexidade do cânone “A Guerra das Estrelas” e familiarizar-me com todos os conceitos. Outro aspecto relevante foi o trabalhar com a equipa, com a tecnologia necessária para este tipo de produção. Transportei tudo isso para esta nova série.

Na sua opinião, o que explica que o universo “A Guerra das Estrelas” continue a tentar tantos fãs, de diferentes géneros e partes do mundo, e a somar sucessos ao longo de todos estes anos?

Diria que isso acontece porque fala de uma galáxia vasta e diversa. Há personagens de diferentes planetas, de diferentes sistemas, por isso transmite a noção de inclusão, o que acho adorável. Além disso, as histórias que se contam têm sempre uma mensagem de esperança.  Mesmo nos momentos mais negros, fala sempre sobre esperança, o que, acredito, toca muitas pessoas.

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