
“Um dia, estava ao volante, de viagem depois de fazer uma direta para apresentar um plano de marketing no Porto, e pensei ‘se eu tiver um acidente…’”
Esperei que Joana Álvares, 44 anos, completasse a frase, mas tinha a certeza do que vinha a seguir, algo como ‘se tivesse um acidente, poderia morrer, o que seria dos filhos’…
“Se eu tiver um acidente, tudo acaba aqui e vai ser um alívio.”
A afirmação apanhou-me de surpresa, mas não mais do que à Joana do passado.
Descreve o episódio como a grande ‘wake up call’. Mas o despertador já tocava há algum tempo, em modo snooze. Recorda-se de uma outra situação que a marcou particularmente. “Certa noite, chego a casa, os meus filhos estavam quase a ir para a cama, e quando olho para eles viram-me a cara. A mãe, chegar ou não chegar, era-lhes completamente indiferente.”
Uma história de vida contada pela jornalista Cíntia Sakellarides na edição da ACTIVA de novembro. Procure-a numa banca perto de si e deixe-se inspirar pela história de Joana Álvares.