Grece Ghanem não é a típica influenciadora digital. E ainda bem. Aos 57 anos, tornou-se um ícone da beleza e da elegância que não se cingem à juventude e que vão além dos padrões de beleza fechados – na imagem e no tempo – que ainda imperam nos dias de hoje. A sua presença nas redes sociais, que começou como uma brincadeira e que foi incentivada pela filha, acaba por ser uma lufada de ar fresco e uma disrupção, que abre caminho a uma efetiva influência sobre o que a idade deve ou não ditar nas nossas vidas e na forma como nos vestimos.
“As roupas devem fazer-nos sentir mais bonitas. Devem dar-nos força e alegria”, defende Grece Ghanem, contrapondo que não se deve adotar um estilo mais clássico só porque se chegou aos 50. E é precisamente esta forma de estar na vida, que empodera e inspira, que a antiga personal trainer imprime a cada uma das suas publicações.
Natural do Líbano, Grece fugiu do seu país no fim da guerra civil, em 1990, e adotou o Canadá como casa. Foi neste país que se formou como personal trainer, atividade que deixou há cerca de seis anos, quando criou a sua conta de Instagram. Contudo, nunca teve o objetivo de se tornar influenciadora digital ou de ter muitos seguidores. Esse crescimento acabou por ser orgânico e muito natural, tal como o estilo único e intemporal de Grece.
“Acredito piamente que as mulheres devem ter voz, sem cair na invisibilidade associada à idade, e devem ter a liberdade de se vestirem como bem quiserem”, disse numa entrevista à revista Glamour. Na verdade, Grece não abre mão da sua paixão pelos padrões e cores fortes e assume os seus cabelos brancos num bob curto que é já uma imagem de marca.