Chega hoje às bancas a ACTIVA de março, uma edição inteiramente dedicada às mulheres que nos fazem pensar, às vozes do futuro. A encabeçar este grupo incrível, temos a atriz Isabel Abreu, que nos lembra que vivemos “como se o mundo estivesse numa bolha que quer explodir para todos os lados” e de como todos – mulheres e homens – deveríamos ser feministas. “Enquanto a sociedade não perceber e tiver medo da palavra feminista não se consegue avançar”, diz-nos a nossa protagonista de capa.
Nasceu no Alentejo mas hoje é uma portuguesa no mundo: desde 2017 que está em digressão com vários espetáculos. Isabel Abreu veio a Portugal (também) para a produção da ACTIVA e abriu-nos um pouco do seu mundo pessoal. ”Não se espantem com uma entrevista que não teve guião”, começa por dizer Catarina Fonseca, a jornalista que assina esta entrevista. “Aliás, a certa altura percebi que não lhe tinha perguntado nada do que estava planeado. Mas as pessoas mais interessantes são as que nos baralham os planos e saem ao contrário do que tínhamos pensado.”
Folha de Sala
Isabel Abreu nasceu em Arronches (distrito de Portalegre), a 3 de março de 1978, e formou-se em Teatro no Conservatório Nacional. Fez vários filmes, como ‘Restos do vento’, de Tiago Guedes, ou ‘UBU’, de Paulo Abreu, peças de teatro, como ‘Um diário de preces’, ‘Blackbird’ou ‘Três dedos abaixo do joelho’,e novelas, como ‘Rainha das flores’ou ‘Noite sangrenta’.
Durante a pandemia fez ‘Os Diários da Peste’, em que por 10 semanaslia textos de Gonçalo M. Tavares.Em 2017 fez a peça ‘Como ela morre’, uma reinterpretação de ‘Anna Karenina’, de Tolstoi, encenada por Tiago Rodrigues, com a companhia belga TGSTAN, e em 2020 fez ‘Catarina e a beleza de matar fascistas’, uma espécie de tragédia moderna onde, numa família que mata fascistas, uma jovem se recusa a matar.Em 2021 entrou no ‘Cerejal’, de Tchekhov, que esteve dois meses em cena no Odéon.
Desde 2017 que está em digressão com vários espetáculos. Recebeu prémios,como o Prémio Autores – Melhor Atriz -da Sociedade Portuguesa de Autores e RTP, em 2011, e o Globo de Ouro para Melhor Atriz de Teatro em 2017.
É casada com o realizador Tiago Guedes, de quem tem dois filhos, Tiago e Maria, de 21 e 18 anos.
Mulheres que nos fazem pensar
O Dia Internacional da Mulher desafia-nos a pensar em como o mundo avançou e há conquistas que estão ganhas, mas também no muito que ainda há para conquistar. A pensar nisso, decidimos reunir nesta edição mulheres que nos fazem pensar: mais de 30, que nos ajudam a refletir sobre onde estamos e para onde caminhamos.
A ACTIVA de março chega hoje às bancas.
Isabel Abreu foi entrevistada por Catarina Fonseca e fotografada por Carlos Teixeira, assistido por Tiago Mulhmann. Styling de Ana Campos, maquilhagem de José Teixeira, com produtos Dior, cabelos por Madalena Costa, para Griffe hairstyle, com produtos Sebastian Professional.