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Foto: Nines Minguez cedida por Planeta
Com duas dezenas de livros publicados em Portugal, Megan Maxwell é uma autora incontornável quando falamos em romance erótico. Por ocasião do lançamento de “E Se Provarmos…?”, o seu mais recente título que nos chega através do Grupo Planeta, tivemos oportunidade de conversar sobre inspirações, desejos, métodos de trabalho e até a relação que tem com os seus fãs, a quem chama carinhosamente de “guerreiros e guerreiras”.
A Megan já publica livros há 15 anos. Como há tantas ideias para tantas histórias novas?
Tenho 20 em Portugal e 60 em Espanha. A vida dá-me muitas ideias. Os amigos, a música, tudo inspira-me a escrever romances. E saber que há tantas guerreiras e guerreiros à espera das minhas histórias motiva-me a escrever.
O que podemos então esperar do seu novo livro, “E Se Provarmos…?”
Uma história de amor bonita, personagens com as quais se podem identificar, podem ter a certeza que vão passar por momentos muito divertidos e ter a possibilidade de desconectar assim que começarem a ler. Quero que, quem o leia, desfrute da história e passe um bom bocado.
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Cria sempre protagonistas com personalidades fortes e características bem reais. Acredita que isso é uma arma secreta para conquistar os leitores?
Foi criada por uma mãe solteira e desde pequena que foi ensinada que temos que lutar para conquistar o que queremos. Fui ensinada a perceber que não preciso de ser a mais bonita do mundo para ser amada. Cresci com isso e nos meus romances quero transmitir que todas temos muito valor e somos incríveis tal como somos. Os padrões de beleza que sempre nos apresentaram devem ser deixados apenas para as modelos, que também têm muito valor e são incríveis. Mas todas as outras mulheres que não se parecem com modelos também são bonitas, únicas e importantes. Nas minhas histórias quero mostrar que uma mulher que não se enquadre dentro dos estereótipos definidos pela sociedade também pode encontrar o amor junto a um homem que pode ser considerado inacessível. Quero que as minhas leitoras sonhem, se sintam bem e que se imaginem como a protagonista.
Nesse caso, além de querer entreter, também pretende inspirar quem a lê?
Verdade. Sempre digo que, se as minhas protagonistas podem fazer, por que motivo as minhas leitoras não podem? Vivemos no século XXI, temos liberdade para fazer as nossas escolhas e felizmente já recebi muitas mensagens de leitoras a dizerem que as minhas histórias as ajudaram a ter mais amor-próprio, a ultrapassar um momento mais difícil ou a ter coragem para ir atrás de um objectivo. Isso deixa-me muito feliz pelo trabalho que tenho, pois conseguir ter impacto da vida de apenas uma pessoa já é muito especial.
Mas chega a mais do que uma pessoa, pois tem uma legião de fãs. Como é ter esse apoio e carinho?
Tenho uma ótima relação com os meus leitores e leitoras, guerreiros e guerreiras, que é como lhes chamo. Sou eu quem gere as minhas redes sociais, por isso tenho mais contacto com todos. Muitas pessoas enviam-me mensagens privadas para falarem comigo ou para enviarem fotos de encontros que tive com leitores. Tento responder a todos pois este contacto é muito importante. Sinto que se criou uma comunidade muito bonita e o que eu mais gosto disso é perceber que as pessoas acabam por se conhecer entre elas e criar relações de amizade. Há quem se tenha conhecido na fila de uma sessão de autógrafos e mais tarde ido de férias em conjunto ou se tenha tornado apoios importantes em momentos difíceis nas vidas de outros leitores. Sinto-me feliz por fazer parte desta comunidade.
Os seus livros têm sempre um tom divertido por a Meghan ser uma mulher com sentido de humor?
Se há algo que eu sou é otimista. Tento sempre ter um sorriso e estar de bom humor, mas claro que também tenho os meus momentos mais complicados. Acho que os meus livros são um pouco o reflexo de quem eu sou. Procuro sempre o lado mais bonito de tudo, ainda que por vezes seja complicado de o encontrar. Por isso quero que as minhas histórias tenham muito otimismo, comédia e diversão. Até dentro de uma trama erótica pode haver comédia, porque que pode haver de melhor do que sexo e risos? É o par perfeito.
E onde se inspira para as cenas mais quentes?
Sou uma mulher adulta, com uma cabeça, tenho imaginação. O Google também pode ser uma boa fonte de ideias (risos), mas a vida em si já inspira. Tenho amigas que me contam muitas coisas, tenho muitas guerreiras e guerreiros que me contam coisas e eu própria tenho as minhas próprias ideias.
Como é o processo de trabalho de uma autora que tem mais livros escritos e publicados do que anos nesta profissão?
Trabalho 12 horas ao dia, das 9 horas da manhã às 9 horas da noite, com pausas para comer. Há dias em que me sinto muito inspirada, mas naqueles em que fica mais difícil fico na mesma à frente do computador para puxar pela criatividade. Há dias que escrevo até três capítulos e outros em que mal escrevo 10 parágrafos.
Que géneros de livros gosta de ler?
Romances. Também experimentei outros géneros, mas fico aborrecida quando não há uma história de amor. Para mim, tem sempre de haver um romance para que a leitura me prenda.
E o que podemos esperar de si no futuro?
Podem sempre contar com histórias de amor bonitas, divertidas e sempre com finais felizes. Acredito que a vida tem muitos finais infelizes, por isso quero que as pessoas tenham a certeza que ao lerem um dos meus livros se vão sentir bem e que sorriem no final. Haverá sempre mulheres empoderadas a viverem romances que qualquer uma de nós gostaria de viver. Acredito que cada uma de nós merecia passar, pelo menos uma vez na vida, por uma bonita história de amor. Há quem tenha essa sorte e infelizmente há quem não a tenha, por isso, para elas, que pelo menos se sintam as protagonistas dos meus livros.