
Recentemente começamos a ouvir falar no conceito de “job crafting”, que não é nada mais nada menos do que conseguirmos, individualmente, atribuir um novo significado à nossa ocupação profissional.
Cruzo-me muitas vezes, online, com uma imagem que explica bem esta tendência: Dois trabalhadores da construção civil, a desenvolverem exatamente o mesmo trabalho, o de construir um edifício de enorme impacto. Para um, trata-se apenas de colocar tijolo sobre tijolo, todos os dias. Para outro, trata-se de um significado maior: o de construir uma catedral. Qual dos dois estará mais motivado? Penso que entende o meu objetivo com a escrita desta crónica.
Isto leva-me a sugerir fortemente que consigamos encontrar um significado maior para o que estamos a fazer num âmbito profissional. Em Coaching podemos responder à seguinte questão: porque fazes o que fazes? Fica o desafio: qual a resposta que damos a esta questão? Isto vai obrigar-nos a definir melhor qual o nosso “grande porquê” no âmbito profissional. E, acredite, quando descobrir esse “grande porquê”, a motivação vai acontecer de outra forma.
São bastantes as vezes em que insisto para que sejamos capazes de identificar os nossos pontos fortes e os nossos talentos em contexto profissional. Isto porque quando reconhecemos o nosso real valor, mais facilmente conseguimos colocar os nossos talentos ao serviço do que estamos a fazer. E sei que provavelmente estará a pensar: “sim, mas de nada vale essa identificação dos nossos pontos fortes quando a minha chefia ou a empresa onde trabalho não reconhece nada disso, e não explora os meus talentos”. Errado, segundo o conceito de “job crafting” a que me refiro nesta crónica. Vale sim, porque quando associamos os nossos talentos ao que estamos a fazer, somos mais felizes, e sentimos uma maior motivação. Ultrapassamos o facto de só trabalharmos pelo salário, e os dias ganham outro significado.
Obviamente que a “cereja no topo do bolo” passa por uma comunicação simples, rica, frequente entre nós e a empresa na qual estamos a colaborar. Isso depende de quem? Também depende de nós, em 50% da responsabilidade. Não esperemos que seja a empresa a dar-nos oportunidade para comunicar, sejamos também proactivas nessa comunicação, de forma a que o significado que damos à nossa ocupação profissional saia ainda mais reforçado.
No que depende de si, o que pode fazer para ganhar assim mais motivação no seu contexto profissional?

Próximos eventos e formações:
• Rise Up Celebration – Jantar de Gala, com entrega de prémios Rise Up Club, dia 24.11.2022 | Hortel Real Palácio, Estoril. Vagas limitadas.
• Evento “Rise and Shine 2023”, em formato presencial, 11.02.2023 | Hotel Vila Galé Sintra. Vagas limitadas.
• E-book “A tua melhor versão em 10 passos”, link disponível nas redes sociais de Mafalda
Almeida