Não há nada como a frescura de uma bola de gelado no verão. Mas por mais delicioso que seja, a seguir ficamos a pensar nos estragos na operação biquíni. A boa notícia é que nem todos são ‘maus’. Aliás, “os que são à base de leite ou iogurte podem até ser interessantes do ponto de vista nutricional já que são fonte de minerais como o fósforo, cálcio e vitaminas do complexo B e D. O que estraga tudo são as natas, que os tornam ricos em gorduras saturadas, e as adições de açúcares e corantes”, lembra Lillian Barros. No caso dos gelados de água, o cenário altera-se: têm menos calorias, mas também pouca concentração de macro e micronutrientes. A regra a não esquecer, em qualquer tipo de gelado, é ver sempre os açúcares adicionados. Mas há outros cuidados fundamentais para aproveitar os gelados ao máximo e ter as calorias no mínimo.
Regra de ouro. Leia sempre a lista de ingredientes. “Os que aparecem em primeiro lugar são os que existem em maior quantidade, por isso esteja atenta, se ler nata, açúcar, caramelo, os mais prejudiciais para a linha!”
Gelado de nata vs Gelado de iogurte. É uma troca inteligente, pois pode dar-nos o prazer de comer um gelado sem pensar (tanto) nas calorias. Os gelados à base de leite têm natas adicionadas, para se tornarem mais cremosos. Ou seja, estão cheios de gordura saturada e são mais calóricos. Já o gelado de iogurte, normalmente menos gordo, tem um conteúdo proteico mais elevado e é menos calórico.
Na lista a evitar. Independentemente da marca, os mais calóricos são normalmente os de manteiga de amendoim, de caramelo, de chocolate e cheesecake.
A quantidade ideal. Comer um gelado (dose individual) pode ser um bom truque para limitar a quantidade, sem reduzir na dose de satisfação. Quando temos uma caixa de gelado no congelador, começamos a comer e depois torna-se difícil parar. E com uma televisão em frente torna-se ainda mais difícil ter controlo. Esquecemo-nos das doses recomendadas e excedemos de forma astronómica as calorias.
A escolha certa. As gelatarias são verdadeiras tentações com mil hipóteses para colorir e tornar os gelados ainda mais doces e apelativos. Evite males maiores escolhendo fruta fresca, frutos secos (não caramelizados) ou até raspas de chocolate negro com mais de 70% de cacau. Para não estragar a ‘pintura’ ficam de fora as bolinhas de chocolate e os toppings (de qualquer tipo).
Opções nos supermercados. Comer um gelado sem sair da dieta não é uma missão impossível. “No mercado existem algumas opções sem adição de açúcar (ex. Pura Vida do Pingo Doce) ou então basta procurar gelados sem base de leite, como é o caso dos sorbets, preparados a partir do puré de fruta. Aqui, a regra é sempre a mesma: verificar os rótulos e analisar a quantidade de açúcar”, reforça a nutricionista.
Gelado sob controlo. É possível fazer um gelado caseiro em 5 minutos e bastante saudável. Junta o melhor de dois mundos, um gelado saboroso e com poucas calorias. O truque é escolher os ingredientes para uma sobremesa rica em nutrientes e sem os açúcares e gorduras dos gelados normais.
RECEITAS
Gelado detox
• Utilize sumo de frutas e vegetais feito em casa. Pode usar uma combinação simples
e saborosa: abacaxi, pepino e hortelã. Depois é só congelar na caixa com os pauzinhos e está pronto! Outra alternativa é fazer batido de fruta com uma bebida de origem vegetal (leite de coco, amêndoa ou aveia) ou com água de coco e congelar.
Gelado de banana e frutos vermelhos
• Congele banana em rodelas e frutos vermelhos. Depois de congelados coloque todos os ingredientes no processador e bata até obter uma pasta cremosa. A esta mistura pode adicionar uma clara de ovo e stevia. Volte a congelar e quando servir pode salpicar por cima sementes de chia e canela.