Muitas vezes dizemos que não engordamos porque temos o metabolismo rápido, ou vice-versa. Mas, afinal, o que é o metabolismo? Na sua definição pura, não tem necessariamente algo a ver com o emagrecimento ou aumento dos números na balança. É, de acordo com a Mayo Clinic, citada pela Health, “Os processos corporais necessários para nos manter vivos“. A revista falou ainda com a nutricionista Nancy Farrell Allen, que explicou algumas das verdades e mitos acerca do tema. Curiosa?
MITO: PESSOAS MAGRAS TÊM METABOLISMOS MAIS ACELERADOS
Neste tópico, importa referir que a composição do nosso corpo tem uma maior influência no nosso metabolismo, quando comparada com o respetivo tamanho. “O metabolismo depende da composição de massa proteica que temos – o músculo é mais ativo metabolicamente“, revela a nutricionista. E isto significa que, quanto mais músculo tivermos, mais ativo será o nosso metabolismo, pelo que levantar pesos, afinal, não é o verdadeiro “bicho papão”.
MITO: O NOSSO METABOLISMO É GENÉTICO E NÃO PODE SER ALTERADO
Se os genes têm alguma influência no que toca à velocidade do nosso metabolismo, o nosso estilo de vida pesa ainda mais. Se optar por fazer exercício físico regularmente e comer de forma saudável, bem como evitar ao máximo o stress constante, poderá reverter ou modificar de alguma forma o que os seus genes lhe ofereceram. Há, no entanto, condições genéticas que podem afetar o metabolismo, como a Tiroidite de Hashimoto, por exemplo.
MITO: TER UM METABOLISMO RÁPIDO PERMITE-NOS COMER DE TUDO
A nutricionista consultada pela Health relembra que o facto de não se engordar não deve ser uma desculpa para descuidar a dieta, já que esta, quando saudável, é essencial na prevenção de inúmeras doenças e traz vários benefícios à saúde, no geral. Por exemplo, pessoas que sofrem da doença de Graves, que leva ao funcionamento excessivo da tiróide, podem, frequentemente, perder peso, mesmo seguindo uma dieta normal.
MITO: COMER VÁRIAS REFEIÇÕES PEQUENAS AO LONGO DO DIA BENEFICIA MAIS O METABOLISMO DO QUE FAZER APENAS TRÊS REFEIÇÕES
Neste aspeto, o que é verdadeiramente essencial, é sermos conscientes das quantidades que ingerimos, bem como da respetiva qualidade a nível de nutrientes. É, obvimaente, mais saudável ingerir 200 calorias num batido cheio de fruta e sementes, por exemplo, do que num bolo que não nos saciará e, muito ossivelmente, nos fará ter ainda mais fome pouco tempo depois.
“Muitas vezes, dizemos às pessoas para comerem cinco ou seis refeições diárias, mas há estudos que mostram que talvez seja melhor comer apenas duas ou três por dia. Quando as pessoas ouvem que podem comer cinco ou seis, não ingerem poucas quantidades de cada vez”, remata Allen.
MITO: OS SUPPLEMENTOS PODEM ACELERAR O SEU METABOLISMO
Quaisquer prosutos que garantam acelerar o metabolismo, não têm os efeitos esperados. E a explicação, segundo a especialista, é bastante simples: “Estes não têm energia ou calorias”, pelo que não terão impacto no metabolismo.
VERDADE: TER UM METABOLISMO LENTO FAZ COM QUE GANHEMOS PESO MAIS FACILMENTE
Um metabolismo lento leva a que a queima das calorias que consumimos seja igualmente mais demorada. Ainda assim, Allen nota que apenas raramente o metabolismo é o principal culpado em casos de excesso de pesso. “Embora o metabolismo influencie as necessidades de energia básicas do nosso corpo, as quantidades que comemos e bebemos, bem como o nível de atividade física que registamos são os fatores que mais influenciam o ganho de peso“, garante.
VERDADE: COMIDAS PICANTES ACELERAM O METABOLISMO
Boas notícias para os amantes de comidas bem apuradas! “Estas podem aumentar a produção de calor no nosso corpo, levando a que sejam queimadas mais calorias“, diz Allen. Ainda assim, este efeito é de curta duração e é ainda influenciado pela qualidade do picante e/ou pimentos
VERDADE: O METABOLISMO DESACELERA À MEDIDA QUE ENVELHECEMOS
Manter hábitos saudáveis a partir doss 30 anos de idade é essencial para o mínimo controlo do metabolismo. Ainda assim, na altura da menopausa, pelos 50 anos, os seus efeitos são mais notórios. Nesta altura, as alterações hormonais podem levar a que as mulheres ganhem peso, sobretudo nas zonas do abdómen, ancas e cintura.
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