Em abril de 2017, um jovem de 16 anos, chamado Davis Allen Cripe morreu na escola, após uma paragem cardíaca provocada pelo consumo exagerado de cafeína. No espaço de cerca de duas horas antes da morte, o jovem tinha bebido um refrigerante com cafeína, um latte do McDonald’s e uma bebida energética.
O evento fatal acabou por levantar grandes dúvidas e vários especialistas acabaram por confirmar que, sim, é possível sofrer uma overdose de cafeína, mas é muito pouco provável que tal aconteça. “Investigações mostraram que algumas pessoas metabolizam a cafeína lentamente, e o risco de eventos cardíacos aumenta, para essas pessoas, quanto mais cafeína ingerem” afirma a cardiologista Monali Desai, em conversa com a Shape.
“Dito isto, uma pessoa comum não precisa de se preocupar ao beber cafeína demasiado rápido, a menos que estejam a consumir 600mg ou mais de cafeína todos os dias, ou que tenham dúvidas se pertencem ao grupo de pessoas que a metabolizam lentamente“, acrescenta a médica.
Desai aconselha que devemos conhecer os nossos próprios limites, bem como a falar com os nossos médico acerca de historial de problemas cardíacos na família, ou mesmo sobre a forma como o corpo digere a substância, de modo a não consumir em demasia. Além disso, deve ter em atenção o período de tempo em que ingere cafeína – já que, no caso do jovem de 16 anos, o principal problema foi ter consumido demasiada, num curto período de tempo.
Por fim, esteja atento, após um determinado consumo de cafeína, a sintomas como palpitações, tonturas, falta de ar ou dor no peito. Qualquer um destes deverá motivar a procura de assistência médica o mais rápido possível.