Estamos habituados a associar a inflamação do organismo, aquela que é considerada uma inflamação prolongada, e que pode causar inchaço abdominal, fadiga, aumento de peso, ansiedade, mudanças de humor e infeções frequentes, a uma alimentação rica em açúcar, farinhas e alimentos processados. Contudo, há quem mantenha um estilo de vida saudável, com uma alimentação regrada e a prática frequente de exercício físico e, mesmo assim, não se sinta totalmente bem. Isto pode-se dever a quatro causas de inflamação de que não se fala o suficiente, mas que são muito importantes ter em conta, tal como nos lembra Will Cole, proeminente especialista em medicina funcional, autor do livro “Gut Feelings” e médico de Gwyneth Paltrow.
Traumas não resolvidos
Segundo Will Cole, ninguém consegue estar totalmente bem em termos de saúde se tiver assuntos pendentes e traumas não resolvidos dentro de si. Alguns estudos sugerem que 70% dos adultos nos Estados Unidos tenham passado por algum tipo de evento traumático pelo menos uma vez na vida, mas a maioria não lida com isso. “As pessoas têm noção de que não foi algo bom, mas não percebem o que isso faz com as suas mitocôndrias, com o seu sistema nervoso e com os seus níveis de inflamação”, avança Cole.
A verdade é que nem todos os traumas têm origem em eventos altamente marcantes, alguns podem até ser subtis. Mas se deixar que essas emoções se acumulem no seu corpo, elas acabam por afetar a saúde física.
Stress Crónico
Se o corpo estiver permanentemente num estado de stress, de luta ou de fuga, torna-se impossível estar bem em termos de saúde. “O nosso corpo é uma biblioteca celular e os nossos pensamentos, palavras e experiências são os livros que preenchem essas células”, explica Will Cole.
Ansiedade relacionada com a saúde
Temos cada vez mais informação à nossa disposição e isso também se aplica a temas relacionados com o nosso bem-estar e saúde. Embora tenha as suas vantagens, também pode ser algo assoberbante. E, de acordo com Wil Cole, a preocupação pode mesmo deixar-nos doentes. “Este é o poder das nossas emoções na nossa saúde física”, relembra o médico.
Redes Sociais
“Aquilo a que nos expomos também pode afetar o nosso sistema nervoso e os níveis de inflamação, atuando nos nossos sistemas endócrino e hormonal”, afirma Cole. Pesquisas já demonstraram que pessoas que usam demais as redes sociais apresentam níveis mais altos de proteína C-reativa, o que indica inflamação crónica.