Conhecemos muitos dados sobre as doenças que afetam o coração, uma vez que estas representam algumas das principais causas de morte nos países ocidentais. Isto deve-se, na maioria, ao facto de adotarmos hábitos prejudiciais como, por exemplo, o sedentarismo e uma má alimentação.
Mas o que mais devemos saber sobre o órgão? Eis 5 coisas incontornáveis para as mulheres:
Ser magra não é sinónimo de ter um coração saudável
É verdade que doenças como a diabetes tipo 2, a hipertensão e o colesterol elevado são mais recorrentes em pessoas com excesso de peso e obesas. Contudo, pessoas magras, mas sedentárias, com maus hábitos alimentares e/ou fumadoras também correm sérios riscos — principalmente aquelas que apresentam gordura visceral (acumulada na região da cintura).
Devemos apostar nas gorduras boas
Não tem de cortar todos os tipos de gordura para manter o coração saudável. A dieta mediterrânica, uma das mais eficazes para atingir o objetivo, inclui óleos, azeites e alimentos gordurosos. O importante é prestar atenção ao tipo de gordura que consome: deve evitar as trans e saturadas, e apostar mais nas polinsaturadas.
O stress e a depressão são inimigos do coração
Um estudo alemão de 2017 comprovou o elo. As pessoas depressivas têm hipóteses 15% superiores de desenvolverem doenças cardiovasculares. Mas e as pessoas stressadas? “Ainda não há um consenso científico sobre se o stress pode ou não deixar as pessoas hipertensas. Mas podemos afirmar que ele dificulta, sim, o controlo da doença e até é um gatilho para o seu desenvolvimento. Além disso, eleva em 20% o risco de ataques cardíacos,” diz o médico cardiologista Marcelo Nishiyama à revista “Boa Forma”.
A pressão arterial na gravidez dá pistas sobre o futuro
Durante a gravidez, algumas mulheres sofrem de pré-eclâmpsia, uma elevação da pressão arterial combinada com a eliminação de proteína pela urina. Geralmente assintomática, ela pode vir acompanhada de retenção de líquidos nos membros inferiores, bem como de excesso de peso. “As mulheres que tiveram pré-eclâmpsia na gravidez podem tê-la novamente na gestação seguinte. Entre seis a oito semanas após o parto, a pressão arterial tende a normalizar. Se isso não acontecer, a mulher tornou-se hipertensa,” afirma o Dr. Nishiyama.
Dormir mal prejudica o coração
O Congresso de Cardiologia de 2019, que teve lugar em Paris, apresentou um estudo que contou com a participação de 2213 idosos e encontrou um elo entre a pressão arterial e a qualidade do sono. Quer isto dizer que dormir mal pode prejudicar bem mais do que apenas a produtividade no dia seguinte.