Problema de saúde que apenas foi reconhecido em 2013, o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) não é assim tão incomum entre as mulheres.
A revista Visão falou com Irina Ramilo, médica ginecologista e obstetra e membro da Direção da Sociedade Portuguesa da Ginecologia, que confirmou que “cerca de 5,5% a 8% das mulheres em idade reprodutiva” têm TDPM. Valores que falam de uma previsão, uma vez que não há dados certos sobre a prevalência do problema em Portugal.
“Os sintomas surgem, normalmente, durante a fase pré-menstrual ou lútea do ciclo menstrual e desaparecem alguns dias após o início da menstruação”, esclarece Irina Ramilo, e surgem devido a “uma reação negativa grave do cérebro à ascensão e quebra natural do estrogénio e da progesterona”.
Entre os sintomas mais comuns do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual contam-se as “flutuações de humor e emocionais, como a sensação repentina de tristeza, choro, aumento da sensibilidade, irritabilidade, raiva, aumento do conflito interpessoal, humor deprimido, sentimentos de desesperança ou de inutilidade ou culpa”, explica a ginecologista. Alterações no apetito e distúrbios de sono também estão associados a este problema.
A especialista refere ainda que o diagnóstico não fácil e que o problema muitos vezes é confudido com a doença bipolar.
Saiba mais sobre este tema no site da revista Visão.