Um estudo conduzido pelo Orlando Health Cancer Institute permitiu perceber que os norte-americanos jovens-adultos podem estar a acreditar em informações incorretas no que toca ao cancro da pele e à prevenção da doença. Num inquérito feito a mais de mil pessoas com mais de 18 anos, um terço disse acreditar que o bronzeado faz as pessoas parecerem mais saudáveis e 35% mostrou dúvida sobre se “um bronze básico” poderia prevenir o cancro da pele.
Os adultos com menos de 35 anos dessa amostra foram os mais propensos a acreditar em mitos sobre o cancro da pele – 23% disseram que a hidratação evita queimaduras solares e 14% acreditam que usar protetor solar é mais prejudicial do que a exposição ao sol.
É importante saber que os dermatologistas concordam que não existe um bronzeado seguro e que a melhor forma de prevenção é evitar a exposição desnecessária e usar protetor solar regularmente.
Porque existe tanta desinformação?
Para os especialistas, o principal problema está na origem da informação em que os mais jovens acreditam. “Há cada vez mais pessoas a receberem notícias e a serem informadas através das redes sociais. Isso permite a disseminação de desinformação e de teorias da conspiração”, afirma Rajesh Naie, cirurgião oncológico do Orlando Health Cancer Institute, à revista Health.
“Com tanta desinformação, há cada vez mais pessoas a seguir conselhos errados”, continua o médico Joshua Zeichner, diretor de pesquisa cosmética e clínica em dermatologia do Hospital Mount Sinai. A principal preocupação vai para com um vídeo que se tornou viral no TikTok e que garantia que os protetores solares não eram benéficos – algo que não corresponde à verdade.
Para acabar com os mitos relacionados com o cancro da pele, os especialistas apelam para que se obtenha informação junto de especialistas da área da saúde e que se duvide do que é partilhado por fontes não confiáveis.