Condensar a história de Joana Benzinho em algumas páginas – ou num vídeo – é uma tarefa ingrata. Estamos a falar de uma mulher, a nossa mulher real do mês de julho, que dedica todo o tempo que pode a combater a crise gritante no acesso à educação que existe na Guiné-Bissau. Porquê? Porque depois de se deparar com o problema durante umas férias naquele país em 2008, não foi capaz de ignorá-lo.
No ano seguinte, criou a Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) Afectos com Letras e fez de “ajudar a criar uma sociedade mais justa, onde as crianças possam todas ter acesso à escola, à leitura e a uma infância feliz, independentemente da geografia que as viu nascer” a sua missão. Nos últimos 10 anos, ajudou a levantar creches, escolas e bibliotecas públicas na Guiné e instalou descascadoras de arroz em povoações remotas. Este último projeto dá tempo precioso às meninas, normalmente as responsáveis pela descasca manual do arroz, para irem à escola e foi premiada com o o terceiro lugar na 10.ª edição do Prémio Terre de Femmes, da Fundação Yves Rocher. “Este prémio representa sobretudo o reconhecimento da importância do papel das meninas e das mulheres na sociedade guineense. Elas são o motor da economia, o sustento da família, a base de funcionamento da sociedade, as guerreiras que diariamente lutam para meter comida no prato dos seus. Fiquei muito feliz por ver este projeto ser reconhecido fora de fronteiras,” diz-nos Joana.
Veja os bastidores desta produção para a ACTIVA de julho no vídeo, acima.