As mulheres inspiradoras da Ucrânia têm provado, através de uma participação ativa e briosa no conflito armado coma Rússia, que os homens não são os únicos que podem salvar um país.
Entre as cinzas, os escombros e a devastação deixados pela invasão das forças fiéis a Vladimir Putin, surgem também imagens inspiradoras, cujas protagonistas são verdadeiros símbolos de esperança. Corajosas, recusam-se a deixar a terra mãe e até pegam em armas para a defender.
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Olena
Olena Zelenska é conhecida e acarinhada por apoiar causas de igualdade de género e progresso cultural na Ucrânia. À semelhança do marido, o presidente Volodymyr Zelensky, a primeira-dama rejeita a ideia de fugir da ofensiva militar russa e, com o país em guerra, tem utilizado as redes sociais para partilhar notas pessoais de encorajamento.
“Vocês são incríveis! Sinto-me orgulhosa por viver no mesmo país que vocês! E hoje não terei pânico e lágrimas. Serei calma e confiante”, escreve na legenda de uma publicação, acrescentando que promete manter-se ao lado dos seus concidadãos. Noutro post, uma fotografia de uma menina recém-nascida num abrigo anti-bombas em Kiev, afirma que as crianças do seu país acordarão num futuro pacífico.
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A mulher que confrontou um soldado russo
“Take these seeds so sunflowers grow here when you die”
— BBC News (World) (@BBCWorld) February 25, 2022
Footage shows Ukrainian woman confronting armed Russian soldier
Follow live coverage on Russia’s invasion of Ukraine: https://t.co/vPdkyzs8cg pic.twitter.com/4Rn56iNYb0
Um vídeo viral mostra a coragem inabalável das ucranianas em tempos de guerra. “Vocês são ocupantes, vocês são fascistas!”, diz uma mulher a um soldado russo, confrontando-o sozinha na rua estrada.
O militar armado não conseguiu intimidar a civil, que ainda não foi identificada, uma vez que esta continuou a partilhar opiniões muito honestas sobre a invasão. “Pegue nestas sementes e coloque-as nos bolsos para que, pelo menos, cresçam girassóis quando morreres aqui”, acrescenta. Perante um pedido para não “escalar” a situação, a cidadã sublinha que as forças russas entraram no país dela “sem terem sido convidadas”.
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Kira
Embora a Ucrânia tenha proibido todos os homens com idades entre os 18 e os 60 anos de deixarem o país, muitas mulheres que podem cruzar as fronteiras em segurança escolhem não o fazer. Em vez disso, empunham armas e fazem frente aos russos. Kira Rudik, a atual líder do partido político Voice e membro do parlamento, é uma delas.
“Estou a aprender a usar uma espingarda Kalashnikov e a preparar-me para andar armada. As nossas mulheres vão proteger o nosso solo da mesma forma que os nossos homens. Esta é a nossa cidade, a nossa terra, o nosso solo. Vamos lutar por ele. Para na próxima semana poder plantar as minhas flores. Aqui”.
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Katya
CHILLING: As she cleaned up broken glass after her mother's apartment was bombed by Russia, Katya cried – and sang the Ukrainian national anthem to console herself. pic.twitter.com/SSb74TO20Y
— CBS News (@CBSNews) February 25, 2022
As imagens de Katya, uma ucraniana que mora em Kiev, também comoveram o mundo. Devastada, mas desafiadora, olha pelas janelas partidas de um bloco de apartamentos atingido pelos ataques russos de 25 de fevereiro. Enquanto limpa os estilhaços de vidro em casa da mãe, canta o hino nacional para se consolar. “Viva a Ucrânia”, proclama, com os olhos em lágrimas.
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Nataliya
A guerra baseia-se destruição, mas também há momentos bonitos que nascem das cinzas. Numa história viral de altruísmo, uma mulher chamada Nataliya Ableyeva cruzou a fronteira da Ucrânia com a Hungria agarrada a três bens preciosos: o número de telefone e os filhos de uma desconhecida. Um vídeo comovente mostra o momento em que Ableyeva e Anna Semyuk, a mãe das crianças, se encontraram e deram um abraço longo e apertado.