Estima-se que cerca 50 por cento da população portuguesa sofra de alguma doença do foro digestivo, com uma incidência crescente nas camadas jovens, mas não está consciente da necessidade de prevenção ou vigilância. O alerta é da Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia e o tema será amplamente discutido na Semana Digestiva que se realiza na Alfândega do Porto, de 27 a 30 de Junho.
O diagnóstico precoce de algumas destas doenças pode permitir intervenção atempada e tratamento de forma a evitar complicações ou estádios terminais, nomeadamente na Insuficiência Hepática, na Doença Inflamatória do Intestino (Doença de Crohn e Colite Ulcerosa), no Cancro do Estômago, do Cólon ou do Reto, cuja incidência em alguns casos está a aumentar em Portugal.
No amplo espectro de patologias da área da gastrenterologia, incluem-se todas as que afetam o tubo digestivo – esófago, estômago, intestino delgado e cólon, assim como as vias biliares, fígado e o pâncreas.
Mais de 700 especialistas nacionais e estrangeiros reúnem-se, a partir de 27 de Junho, no Porto, para abordar os desafios da gastrenterologia, quer ao nível do diagnóstico quer do tratamento das doenças do foro digestivo, que afetam três em cada 10 portugueses.
De acordo com José Cotter, médico gastrenterologista e presidente da comissão organizadora da “Semana Digestiva” – “a incidência das doenças gastrointestinais tem aumentado consideravelmente com os estilos de vida, afetando cada vez mais os jovens, embora a faixa etária mais afetada se encontre acima dos 50 anos. O prolongamento da esperança média de vida é outro fator que aumenta esta prevalência”.