Se começa a hiperventilar sempre que vê uma aranha ou que tem de entrar num elevador, sabe como uma fobia pode impedi-la, por vezes, de funcionar normalmente ou até de arriscar novas experiências. As fobias podem afetar muito a nossa qualidade de vida.
A pensar neste problema, uma equipa de cientistas do Karolinska Institutet, na Suécia, quis saber quais as formas mais eficazes para superar uma fobia e concluiu que a melhor maneira de nos livramos delas é ver alguém interagir com aquilo que nos causa medo extremo. Quem sofre de aracnofobia, por exemplo, poderá começar a superar o medo de aranhas vendo outra pessoa a interagir em segurança com um desses animais. Os cientistas chamam-lhe ‘experiência social vicariante’, ou seja, aprender através dos atos e consequências de outros.
A experiência do Karolinska Institutet contou com 36 homens adultos a quem eram administrados choques elétricos nos pulsos sempre que lhes era mostrada uma certa imagem. A intenção era que começassem a associá-la a uma experiência de medo. Foram, depois, divididos em dois grupos: o primeiro assistiu a um vídeo em que uma pessoa via a mesma imagem que lhes foi mostrada, sem que lhe fosse administrado um choque elétrico. O outro grupo viu o mesmo filme, mas sem que existisse qualquer pessoa nele.
Concluíram que, nos indivíduos do primeiro grupo, a resposta de medo diminui bastante mais do que nos sujeitos do segundo grupo.
Uma experiência anterior sobre o mesmo tema observou também que, no que toca a vencer uma fobia, os otimistas levam vantagem. Quando faziam terapia, que envolvia a exposição ao objeto dos seus medos, as pessoas com atitudes mais positivas tinham um risco menor de recaída do que as pessoas com atitudes mais negativas.