Em novembro passado, um estudo dos laboratórios franceses HRA Pharma concluía que o levonorgestrel, o princípio activo presente em pílulas de contraceção de emergência como a Norlevo (produzida por aquele laboratório), era menos eficaz em mulheres acima dos 75kg e nem sequer surtir efeito, se o peso for superior a 80 kg.
A Agência Europeia de Medicamentos (AEM) anunciou, na semana passada, que iria averiguar a eficácia de outros medicamentos contendo este princípio ativo, de modo a estudar a sua ação em mulheres com excesso de peso. "Esta é uma questão sobre eficácia. Precisamos de saber qual é associação [entre o índicie de massa corporal e a pílula] e se há um limite a partir do qual o medicamento começa a perder efeito", disse Monika Benstetter, porta-voz da AEM. A provar-se esta relação, os rótulos e instruções de toma desta classe de fármacos podem necessitar de revisão, dentro da União europeia.
Não ainda há data apontada para a apresentação das conclusões deste estudo da AEM.
A pesquisa inicial, feita da Universidade de Edimburgo, já levou alguns especialistas a recomendar que as mulheres com um índice de massa corporal (imc) acima dos 30 consultem o seu ginecologista para que lhes seja prescrito outro método.