Esta semana, tive #cartabranca para cuidar de mim – mais precisamente, do meu cabelo. E para falar deste assunto tão “sensível” para a maioria das mulheres, creio que também devo explicar um pouco daquela que é, desde que me lembro, a minha relação com o mesmo.
Sempre tive muitos caracóis. Assim que comecei a entrar na adolescência, o famoso rabo de cavalo tornou-se o meu penteado de eleição. Nunca me consegui sentir confortável com o cabelo ao natural – o que, diga-se, é um grande limitador de criatividade.
Foi na altura em que estava na secundária que tomei a decisão de fazer um alisamento e fiquei muito, muito contente. Poder deixar o meu cabelo secar naturalmente sem a mínima preocupação? O paraíso. Desde então, repeti o procedimento duas vezes – a última, em 2018.
Na quarentena, aproveitei para não usar muito o secador ou placa de alisamento no cabelo e fui tentando perceber se havia alguma forma de gostar um bocadinho mais daquilo que tenho (os caracóis nunca mais regressaram, mas tenho umas ondas com o problema de sempre: demasiado volume).
A conclusão? Nada. Ainda não encontrei nada – um ingrediente, um produto, uma espuma – que me faça sentir confortável no momento em que saio de casa com o cabelo ainda húmido. E é por isso mesmo que o artigo de hoje tem um lugar especial nos meus desafios semanais.
Um investimento que vale muito a pena
Se contabilizarmos todas as idas ao cabeleireiro, todos os alisamentos (ou procedimentos do género), todos os penteados que deixamos nas mãos de profissionais que sabem, de facto o que fazem, a conta será, provavelmente, elevada. Porém, a Dyson lançou a solução ideal para um resultado digno de cabeleireiro – mas em casa.
Chama-se Dyson Airwrap e é um modelador multifuncional. Numa caixa que, por si só, já nos deixa maravilhadas, encontramos vários acessórios que prometem encaracolar, ondular, alisar e secar os fios de cabelo. Além disto, não é usado calor extremo, de modo a evitar danos no cabelo.
E se este resumo é aliciante, o melhor é mesmo a técnica usada para ondular o cabelo. Ao contrário da maioria dos produtos no mercado, este usa o efeito Coanda – um fenómeno físico que ocorre quando um fluxo de ar de alta velocidade está próximo de uma superfície arredondada.
Traduzindo: quando aproximamos uma mecha de cabelo do modelador, enrolando apenas a ponta, ele faz o restante trabalho por nós. Isto é, à medida que o vamos aproximando desde a ponta já enrolada até à raíz, o cabelo vai-se enrolando automaticamente. Depois, é só esperar uns segundos e largar para uma onda de efeito natural.
A minha experiência
Como expliquei, o meu cabelo é volumoso, tem ondas e, de momento, tenho-o comprido (já naquele ponto em que começa a dar demasiado trabalho). No primeiro dia em que usei o airwrap, demorei – sem querer mentir – mais de duas horas a alisá-lo e a (tentar) fazer ondas.
No segundo dia, percebi que é mesmo uma questão de hábito. Já com o cabelo mais liso – mas, ainda assim, não aquele “liso de cabeleireiro” – demorei cerca de 20 minutos a fazer ondas. Claramente, não ficaram perfeitas – e, infelizmente, o meu cabelo não as segura durante muito tempo -, mas não desisti.
À terceira tentativa, apercebi-me que a minha distração tinha levado a taça – afinal, está escrito em todo o lado que, para melhores resultados, o cabelo deve estar húmido (plot twist: o meu não estava). Tive uma conversa breve comigo mesma e segui em frente. Desta vez, usei o airwrap depois do banho. E que diferença!
O resultado que consegui foi bastante melhor, comparativamente aos restantes dias, mas ainda havia algo a incomodar-me: o volume. Atenção, não era um volume feio, mas sim aquele volume que conseguimos num cabeleireiro, se for esse o nosso pedido. Neste caso, foi apenas uma questão de gosto pessoal – e gostos de cabelo não se discutem!
No último dia de teste, decidi tentar algo diferente, para um resultado mais à minha medida: antes de usar o airwrap, alisei o cabelo com o Dyson Corrale. Ora, falo do “único alisador de cabelo com tecnologia de placas flexíveis” e que, ainda por cima, pode ser usado sem cabos (sim, isto significa que pode andar pela casa ou ficar no sofá enquanto estica o cabelo).
Resultado: o desafio não poderia ter terminado de melhor forma. Em primeiro lugar, fiquei surpreendida com o brilho incrível com que este alisador deixa o cabelo e, em segundo, as ondas que consegui depois, com o airwrap, eram mesmo o que pretendia: algo bastante discreto e natural (embora fosse preciso usar laca para durarem mais tempo, no meu caso).
Em jeito de resumo, não sou nenhuma profissional. Porém, o que percebi, com estes dois produtos, foi que, com a prática, tudo se consegue. E se, em quatro dias, aperfeiçoei (só um bocadinho) a minha técnica, mal posso esperar pelos resultados que vou conseguir daqui a um mês.
Ah, e não tenho dúvidas de que, no dia em que decidir voltar a cortar o cabelo pelos ombros, o processo será muito mais rápido e “perfeito” – afinal de contas, é muito trabalhoso alisar e fazer ondas sozinha num cabelo comprido. Nessa altura, voltarei a falar-vos e contar-vos-ei os penteados que já experimentei.
Para já, fiquem com um breve vídeo da minha “evolução”, ao longo desta semana:
Contem-nos, nas redes sociais, quais os vossos penteados e técnicas de eleição, identifiquem a ACTIVA e utilizem a hashtag #cartabranca. Até para a semana!