Este é definitivamente o ano de Lupita Nyong’o! Depois de, há um ano atrás, ter saltado do anonimato para a ribalta de Hollywood com a participação no filme de Steve McQueen, “12 Anos de Escravo”, no papel de Patsey, que lhe valeu o Óscar de Melhor Atriz Secundária, a atriz de cor negra voltou a quebrar todos os preconceitos e foi eleita a mulher mais bonita do mundo pela revista Glamour.
Há um ano, Lupita Nyong’o alimentava o sonho de infância em ser atriz na escuridão do anonimato, no entanto, agora as luzes de Hollywood iluminam a jovem atriz de 31 anos, que conquista o mundo, dia após dia, e soma contratos publicitários únicos, como por exemplo a Lancôme. Depois de atrizes como Julia Roberts ou Pénelope Cruz, a oscarizada Lupita Nyong’o é a primeira mulher negra a representar a marca de cosméticos e perfumes.
Contudo, o melhor ano da vida da atriz, nascida no México, mas criada no Quénia, não fica por aqui e continua a somar distinções. Depois de ter sido considerada a mulher mais bonita do mundo pela revista People, de ter sido a segunda mulher africana a ser capa da Vogue e de ter dado que falar com o “efeito Lupita”, que consiste na forma em como tem influenciado os consumidores a comprar toda a roupa que veste e os produtos que usa, Nyong’o ganha agora honras de capa na revista Glamour.
Uma produção para edição de Dezembro da revista, na qual Lupita fala sobre alguns dos temas que preenchem a sua nova vida, como sucesso, beleza e visibilidade, e confessa: “Ainda me estou a ajustar. Sinto que fui catapultada para um sítio diferente. Tinha o sonho de ser actriz mas não pensei sobre ser famosa e ainda não descobri como ser uma celebridade, estou a aprender”.
Uma nova realidade que a jovem conquistou ao realizar o seu sonho de criança, mas com a qual ainda não sabe lidar: “Perder o meu anonimato tem sido um desafio”. E revela: “Disseram-me: ‘quero-te no meu casamento mas não quero que tires o foco por isso veste jeans’”.
É inegável. Lupita Nyong’o está mudar mentalidades e a abrir o caminho para tantas outras “Lupitas” cheias de sonhos que, ainda, sentem “na pele” as barreiras da aparência negra. “Já ouvi pessoas a falar sobre as imagens da cultura popular estarem a mudar e isso faz-me sentir óptima” revela, sem esquecer as suas raízes e a família, que a ajudou a perceber que há valores muito mais importantes que a beleza e a aparência.
Porém, ao falar-se da cor negra é inevitável não se falar sobre outra grande impulsionadora na mudança dos preconceitos raciais: Oprah Winfrey. “Há o dicionário, há a Bíblia e depois há a Oprah” afirma Lupita ao falar sobre a importância da prestigiada apresentadora de televisão na sua vida, após ter sido recebido o Óscar.
Se este ano foi repleto de conquistas, o próximo ano espera-se que seja idêntico, a começar pela participações já confirmadas no episódio VII da saga Stars Wars e no filme Jungle Books.
A revista, com a entrevista completa, irá para as bancas no próximo dia 11 de dezembro.