Três. Interiorize este número. Foram apenas três as pessoas que apareceram na sede da Liga Nacional de Futebol (NFL), em Nova Iorque, para se manifestarem contra Beyoncé devido à performance polémica no Super Bowl.
Lembre-se que a atuação teve um cariz político e social. Durante o espetáculo, na final do campeonato de futebol norte-americano, as dançarinas de Beyoncé usaram trajes semelhantes aos dos Black Panthers, um grupo de ativistas pelos direitos dos negros nas décadas de 60 e 70. Também apareceram numa fotografia com os punhos cerrados e levantados, enquanto seguravam um cartaz que dizia “justiça por Mario Woods” – uma referência a um jovem de 26 anos que foi alvejado e morto pela polícia em São Francisco, em 2015.
Isto foi o suficiente para muitos expressarem desagrado e considerarem que se tratou de um desacato às autoridades. Por exemplo, o ex-Presidente da Câmara de Nova Iorque, Rudy Giuiliani, disse ao canal Fox que achou “ultrajante [a Beyoncé] ter usado o evento como uma plataforma para atacar os polícias”. Nas redes sociais, até se chegou a apelar a um boicote à cantora.
Os três bravos que compareceram à ‘manifestação’, segundo o Consequence of Sound, eram um fã de meia idade da equipa Giants, outro dos Seahawks, que usava um boné com a palavra ‘Police’ inscrita, e um voluntário da campanha do candidato republicano à presidência Ted Cruz. No local cruzaram-se com dezenas de membros da BeyHive (como se designam os super fãs de Beyoncé), que aproveitaram a oportunidade para promover o orgulho negro e o fim do abuso de poder por parte das autoridades.