Nem mesmo os Óscares resultaram em tréguas entre Jimmy Kimmel e Matt Damon. Muito pelo contrário.
Os dois cruzaram-se no Teatro Dolby, em Los Angeles, e deram continuidade à ‘arqui-inimizade’ mais divertida de Hollywood.
“Esta noite, em nome da cura e da união, quero fazer as pazes com alguém com quem tive problemas”, começou por dizer Kimmel no seu monólogo de abertura. “Conheço o Matt há imenso tempo. Há tanto que, quando nos conhecemos, eu era o gordo de nós os dois”, continuou. “Tivemos problemas. Ele é uma pessoa egoísta. Quem já trabalhou com ele sabe isto. Mas o Matt fez algo muito altruísta e quero dar-lhe os parabéns”.
O apresentador falava do facto de Damon ter cedido o papel principal em ‘Manchester by the Sea’ ao amigo de infância Casey Affleck, que acabaria por lhe valer a nomeação – e mais tarde o Óscar – para Melhor Ator.
“Ele abdicou de um papel com calibre para os prémios da Academia por um amigo e fez um filme chinês no qual usava um rabo-de-cavalo [‘The Great Wall]'”, brincou. “E esse filme acabou por perder 80 milhões. Boa jogada, seu idiota. Veem? É tão fácil fazer as pazes”.
Mais tarde, Jimmy continuou com as ‘alfinetadas’. Quando um grupo especial de turistas deu por si no meio da transmissão ao vivo da gala, o apresentador aconselhou um deles, Gary, a “ignorar o idiota atrás dele”. Escusado será dizer que o “idiota” era Matt Damon.
Mais à frente, o ator serviu ao palco para apresentar uma categoria ao lado de Ben Affleck. Infelizmente para ele, cada vez que tentava dizer uma palavra, era ofuscado pela orquestra estrategicamente orientada por Kimmel.
O último golpe perto do final do espetáculo, mesmo antes de acontecer a maior gafe na história do evento, quando ia ser revelado o vencedor na categoria de Melhor Filme.
“E agora, vamos à minha parte preferida da noite. Uma oportunidade de ver o Matt Damon a perder um prémio da Academia”, brincou o anfitrião.