Uma Thurman revelou que foi atacada por Harvey Weinstein há mais de uma década, quebrando assim assim o silêncio sobre as suas experiências com o produtor cinematográfico responsável por alguns dos maiores êxitos da sua carreira.
Weinstein terá recorrido ao infame robe branco pela primeira vez durante uma reunião num quarto de hotel em Paris, tentando levar a atriz para uma sauna. Contudo, o ataque no verdadeiro sentido da palavra aconteceu depois, no hotel Savoy em Londres.
“Ele prendeu-me. Tentou deitar-se sobre mim. Tentou mostrar-se nu. Fez todo o tipo de coisas desagradáveis. Mas não chegou mesmo a forçar-me”, contou ao ‘The New York Times’.
No dia seguinte, o empresário terá enviado um buquê de rosas amarelas à estrela para se desculpar pelo seu comportamento.
Uma voltou ao hotel para confrontá-lo, desta vez acompanhada de um amigo, que esperou no lobby enquanto esta foi até ao quarto com as assistentes do fundador da Miramax.
“Se fizeres o que me fizeste a outras pessoas, vais perder a tua carreira, a tua reputação e a tua família. Prometo-te”, terá dito.
Como resposta, teve a carreira ameaçada. Uma representante de Weinstein disse ao jornal norte-americano que “ela é bem capaz de ter dito isso”, mas negou que tenha havido qualquer ultimato em relação à sua carreira.
“O Sr. Weinstein reconhece feito um avanço sobre a Sra. Thurman em Inglaterra depois de interpretar mal as intenções dela em Paris”, lê-se num comunicado. “O Sr. Weinstein está triste e confuso em relação ao motivo que levou a Sra. Thurman, alguém que considera uma colega e amiga, a esperar 25 anos para fazer estas alegações em público”.
Thurman contou a Quentin Tarantino sobre o encontro traumático em Londres e o realizador terá confrontado Weinstein no Festival de Cinema de Cannes em 2001. A atriz disse ao ‘The New York Times’ que, mais tarde nesse dia, o magnata lhe pediu desculpa novamente.