Em outubro de 2016 Kim Kardashian esteve em Paris com as irmãs para assistir aos desfiles da Semana da Moda. Numa noite, por estar cansada, regressou sozinha ao apartamento que tinham arrendado na cidade e foi então que o pesadelo começou. Perto das três horas da madrugada, um grupo de homens disfarçados de polícias entrou na residência, atou e amordaçou a socialite. Levaram joias no valor de dez milhões de euros.
Alguns meses depois foram detidas 17 pessoas – 14 homens e três mulheres – com idades compreendidas entre os 23 e os 72 anos. Agora, um dos detidos e condenados pelo roubo, Yunice Abbas, de 60 anos, decidiu escrever um livro sobre esse episódio, contando a sua experiência. A história, intitulada“J’ai séquestré Kim Kardashian” (“Eu sequestrei a Kim Kardashian”, numa tradução livre para português), foi colocada à venda esta quinta-feira, dia 4 de fevereiro.
Abbas, de 60 anos, deu recentemente uma entrevista ao Paris Match, na qual fala do livro, de como conheceu o cabecilha do grupo, revelando que só no dia seguinte ao assalto é que descobriu a identidade da pessoa que assaltara na noite anterior.
“O meu colega Aomar Aït Khedache, que me meteu nisto, disse-me simplesmente que a nossa vítima era a mulher de um rapper famoso. Não quis saber mais”, contou, explicando como descobriu quem era a mulher. “No dia seguinte ao assalto ouvi o nome dela na televisão e baixei a cabeça. A minha mulher acusou-me imediatamente: ‘Foste tu quem fez isto’. Eu não tinha voltado para casa durante toda a noite, ela suspeitava de alguma coisa. Eu neguei”, contou.
O homem relatou ainda que não chegou a entrar na casa de Kardashian, uma vez que a sua tarefa era a de cobrir as câmaras de vigilância e controlar a rececionista. Deverá ser condenado a uma pena de prisão entre 5 a 12 anos, mas antes decidiu que queria contar a história daquela noite “para que os futuros membros do júri possam ler a minha história, a minha versão dos factos, antes do julgamento” e para “pedir desculpa à Sra. Kardashian” pelo ato que cometeram.