Semanas antes da rainha Isabel II morrer, Meghan Markle fotografou aquela que é, agora, a capa da revista Variety. Uma matéria onde parece mostrar-se sem filtros e onde o jornalista, Matt Donnelly, a descreve como uma pessoa terra-a-terra e simples, longe daquela imagem distante e calculista que alguns media fazem questão de sublinhar. Cumprido o período de luto, a duquesa concedeu uma entrevista onde aborda vários temas. Eis as principais mensagens desta conversa:
A admiração pelo legado de Isabel II
A entrevista começa, inevitavelmente, pela partida da monarca e por aquilo que a família real viveu nesse período. Meghan sublinha estar “agradecida” por poder ter estado ao lado do marido, a apoiá-lo, neste momento de dor e afirma: “Em termos de liderança feminina, a rainha é o exemplo mais brilhante. Sinto uma profunda gratidão por ter passado tempo com ela e por ter podido conhecê-la. Tem sido um período complicado, mas o meu marido, que é sempre um otimista, disse, ‘Agora, ela está novamente com o seu marido'”.
A série documental da Netflix sobre a vida dos duques de Sussex
Com estreia prevista para o próximo ano, esta série documental, a cargo de Liz Garbus, tem criado muita expetativa, já que se irá debruçar sobre a relação de Meghan e Harry e sobre a vida do casal dentro da família real. Segundo Meghan, é bom poder confiar noutra pessoa, sobretudo numa por quem nutre admiração, para contar a sua história. Mesmo que isso signifique que esta seja contada de forma diferente, já que está a ser vista por outro prisma, “por outras lentes”, disse na entrevista.
Hollywood
Sobre a indústria cinematográfica e a sua carreira como atriz, Meghan é peremptória em colocá-la no passado, assumindo que não pretende regressar a esse palco. Ainda assim, ressalva, “nunca digas nunca”, mas não faz parte dos seus planos. Sobre a masculinidade tóxica que imperava na indústria, a duquesa afirma que, na altura da série Suits, não havia um nome para o assédio e para as investidas abusivas por parte de quem tinha poder. “Havia certas coisas que eram aceites. Se havia algum desconforto, lidava-se com ele. Isso forçou muitas mulheres a viverem com esta ideia de ficarem caladas, de não serem disruptivas, de acharem que não tinham voz para falarem sobre as coisas que eram desconfortáveis”, assumiu.
Os filhos
Harry e Meghan são pais de Archie, de três anos, e de Lilibet, de um. Nesta entrevista, a duquesa diz não ter qualquer expetativa em relação às profissões dos filhos e que os irá apoiar seja qual for a sua escolha: “A única coisa que queremos, genuinamente, é que os nossos filhos descubram o que os faz feliz e lhes dá alegria. Eles são os nossos filhos, claro, e são parte de um legado, de uma tradição e de uma família que terá outras expetativas. Mas quero que eles tenham a possibilidade de construir o seu próprio caminho”. Além disso, Meghan conta que tanto ela como Harry trabalham a partir de casa, o que lhes permite ter mais tempo de qualidade com os filhos.
A necessidade de ser compreendida
Durante a entrevista, Meghan refere várias vezes a importância que dá à humanização do outro. Neste sentido, a duquesa diz que apenas anseia que entendam que ela é humana, como todas as pessoas, e que consigam olhar para ela a partir dessa premissa. Refere, também, a necessidade que tem de ser compreendida e vista e a importância que estas duas coisas têm na sua vida.
A vida na Califórnia
Meghan partilha que ela e Harry vivem a duas horas de Los Angeles e que os seus dias são muito normais. Ambos gostam de desfrutar das pequenas coisas da vida, como ir ao restaurante de fast food preferido do duque – In-N-Out -, ver comédias românticas no sofá, fazer o jantar em família ou cantar a música preferida do filho, Archie, sobre dinossauros.