Shakira enfrenta uma pena de oito anos e dois meses de prisão pelas acusação de fraude fiscal, numa batalha judicial contra a Autoridade Tributária espanhola. A cantora colombiana apresentou as suas alegações por escrito, à juíza responsável pelo caso, numa contundente defesa do seu bom nome e reputação, sublinhando que o fisco luta por uma “cobrança excessiva”, sem ter em conta o modo como os artistas com carreiras internacionais vivem.
Neste documento, Shakira partilhou detalhes dos primeiros anos da sua relação com Piqué, para justificar que não viveu em Espanha antes de 2015, refutando que tenha passado mais de 183 dias naquele país – requisito legal para que seja considerada residente fiscal. Segundo o Ministério Público, a cantora colombiana devia ter pago impostos em Espanha entre 2012 e 2014 e é agora acusada de seis infrações fiscais, por não ter pago 14,5 milhões de euros em IRS e Imposto sobre o Património.
Contudo, Shakira alega que se mudou para Espanha apenas em 2015, por altura do nascimento do seu segundo filho, Sasha, uma decisão que, segundo escreveu no documento apresentado em tribunal, coincidiu com a “polémica renovação do contrato” de Piqué com o Barcelona. No mesmo documento, descreve que conheceu o ex-jogador no verão de 2010 e que só em 2011 começou a ir a Espanha, “esporadicamente”, para estar com Piqué nos poucos dias de folga que tinha. Os dois encontravam-se tanto naquele país, como noutras partes do mundo, como refere a cantora, sempre que tinham férias ou períodos de descanso.
Recorde-se que esta batalha judicial começou pouco tempo depois de Shakira e Piqué terem chegado a acordo quanto aos termos da sua separação. O ex-jogador aceitou que Shakira regresse a Miami com os dois filhos, Milan e Sasha.