Mudar de hábitos é um processo controverso e difícil, e e nem sempre é uma tarefa bem-sucedida. Mas nem tudo são más notícias: vários autores já tiveram oportunidade de estudar estratégicas que ajudam a atingir este objetivo com bastante sucesso.
No entanto, não podemos ignorar três crenças limitadoras que nos assolam, a começar pela ideia de que as pessoas não mudam. Isto não é verdade. As pessoas mudam, sim, desde que sintam essa necessidade e encontrem razões que provoquem essa mudança. A nossa personalidade não é estática e muda com o tempo, conforme os acontecimentos que vamos experienciando e a que vamos sendo sujeitos ao longo da vida.
Também existe a ideia de que basta apenas ter força de vontade para mudar. Bom, a motivação e o querer mudar são fundamentais, mas vários estudos comprovam que não são o suficiente para manter novos hábitos; também é preciso ter disciplina e rigor.
Por fim, temos a convicção de que, numa mudança de hábitos, o mais difícil é começar. Eu diria que o mais difícil é manter um novo hábito, integrá-lo na rotina e não cair na tentação de regredir para a prática habitual que se está a tentar substituir.
James Clear, o autor do best-seller “Hábitos Atómicos”, partilha alguns factos e estratégias muito relevantes para ajudar a mudar e implementar definitivamente hábitos. Uma das recomendações é escolhermos hábitos que se enquadrem, ou combinem o máximo possível, nas características da nossa personalidade, de modo a que exista um maior alinhamento entre a pessoa que somos e a pessoa que queremos ser (a nossa melhor versão).
Fazer com que novos hábitos vinguem e perdurem é mais fácil quando eles estão alinhados com as nossas características naturais, que, quando bem trabalhadas, nos dão uma enorme vantagem — as mudanças que queremos ver enraizam-se rapidamente no nosso ADN. Assim, nada como criarmos hábitos que se alinhem com a nossa personalidade. Para tal, podemos fazer as seguintes perguntas de autorreflexão:
- O que é que me faz perder a noção do tempo?
- No que é que consigo melhores resultados do que a maioria da pessoas?
- O que considero diversão e o que considerado trabalho?
- O que é que faço naturalmente?
As respostas a estas questões dão-nos esclarecimentos muito necessários sobre nós, o nosso estilo, personalidade, preferências e a forma como podemos começar a criar novos hábitos personalizados.
Lembre-se que para uma mudança de hábitos ser bem-sucedida é preciso automatizar o novo hábito e deixar que ele se instale na nossa vida. Isso ocorre de maneira mais fácil quando essas ações estão em linha com quem somos e a forma como agimos naturalmente.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a ACTIVA nem espelham o seu posicionamento editorial.