O Dia Internacional do Ritmo Cardíaco, celebrado a 13 de junho, é uma data significativa para nos lembrar da importância dum ritmo cardíaco saudável para o bom funcionamento do coração. O ritmo cardíaco é uma medida fundamental da atividade elétrica do coração, indicando a regularidade dos batimentos cardíacos. Um ritmo cardíaco normal garante a adequada circulação sanguínea e o fornecimento de oxigénio e nutrientes a todo o organismo.
Alterações do ritmo cardíaco, as arritmias, podem ter sérias consequências para a saúde cardiovascular. A fibrilhação auricular é a arritmia cardíaca mais frequente e estima-se que um em cada três adultos com mais de 55 anos irá sofrer de fibrilhação auricular. A fibrilhação auricular é uma arritmia cardíaca irregular e, por vezes, com frequência cardíaca acelerada, na qual as câmaras superiores do coração – as aurículas – não contraem em sincronia.
Em vez de um padrão de contração organizado, ocorrem contrações caóticas e descoordenadas. Quando as aurículas não se contraem adequadamente, existe um risco elevado de se formarem coágulos sanguíneos que podem estar na origem de acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Por outro lado, a fibrilhação auricular compromete a eficiência do coração em bombear o sangue corretamente para o resto do corpo, havendo uma estreita correlação com a insuficiência cardíaca.
A fibrilhação auricular e a insuficiência cardíaca são doenças cardiovasculares muito prevalentes na população. Compartilham fatores de risco, e muitas vezes coexistem nos mesmos doentes, tendo um impacto importante no seu prognóstico.
Conhecer os sintomas da fibrilhação auricular é fundamental para um diagnóstico precoce. Os sintomas podem incluir palpitações, falta de ar, tonturas, desmaios e cansaço excessivo.
Monitorizar o próprio pulso regularmente pode ajudar a identificar ritmos cardíacos anormais. Uma forma simples de o fazer é verificar o pulso no punho ou no pescoço e contar o número de batimentos cardíacos por minuto. Caso note uma frequência cardíaca irregular, é recomendável procurar atendimento médico para uma avaliação mais detalhada.
A Medicina Interna desempenha um papel fundamental no diagnóstico, avaliação da gravidade e fatores de risco e identificação de doenças subjacentes que possam contribuir para o desenvolvimento de arritmias. Relativamente ao tratamento, existem várias opções disponíveis. O plano de tratamento deve ser individualizado, considerando o estado geral de saúde, a gravidade dos sintomas e a presença de outras condições médicas associadas.
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