
Ah, chegou o verão! A estação mais adorada em que todos se tornam especialistas em dietas milagrosas e receitas “detox”.
Os meses quentes iniciam uma fase diferente da nossa alimentação. Por um lado, a temperatura exterior influencia as nossas vontades e apetites alimentares, por outro voltamos às roupas que não vestíamos há alguns meses e tomamos consciência de algumas alterações do peso corporal.
Mas a preocupação com este tema deve acontecer sempre. Podemos começar um processo de perda de peso em qualquer altura do ano, e o verão não é exceção. O importante é fazê-lo acompanhado, definindo com o nutricionista objetivos, e não seguir dietas milagrosas.
Uma alimentação saudável (e, acrescentaria, uma hidratação adequada) é essencial para manter o corpo salubre e bem-hidratado durante os dias mais quentes.
A água desempenha funções essenciais para a manutenção da vida através da participação na maioria dos processos fisiológicos inerentes à sobrevivência, causando danos consideráveis quando a ingestão é deficitária. A primeira recomendação é aumentar a hidratação quando as temperaturas estão altas, bebendo essencialmente água, mas podendo-se variar, usando outras alternativas como águas aromatizadas, sumos 100% fruta e infusões ou chás gelados.
A alimentação nesta fase do ano deve ter em conta duas questões fundamentais: ser adaptada ao calor e ser segura. Privilegie alimentos mais leves e de fácil digestão, como as saladas e os legumes, evitando alimentos mais “pesados” e com elevado teor em gordura, como fritos e guisados. Escolha também peixe fresco e carnes brancas, que dão uma sensação de saciedade e de frescura muito apreciadas nesta altura do ano.
A sustentabilidade deve estar presente nas escolhas, pelo que privilegiar os alimentos locais e da época também são boas medidas a adotar. Fruta como melancia, melão, morangos, pêssegos e ameixas são excelentes e saudáveis opções, tal como a alface e o tomate, que começam a invadir as plantações. Se comprar em comércio de proximidade, poupa o ambiente e ajuda os produtos locais. Se estiver junto ao mar, valorize o peixe fresco da nossa costa.
Quando pensamos num alimento fresco e de proximidade podemos optar também pelo queijo fresco. É baixo em calorias, com um bom teor proteico e que é produzido normalmente próximo dos locais de venda, até pelo seu prazo de validade curto. Um alimento que cumpre com as premissas da alimentação saudável.
Claro que a temperatura elevada aumenta os riscos de conservação dos alimentos. É fundamental evitar deixar os alimentos expostos ao calor. Um particular cuidado que se deve ter é nos convívios ao ar livre, como picnics e lanches na praia, de modo a não haver a detioração dos alimentos. Também os que são confecionados em casa devem ser colocados num intervalo de tempo mais curto no frigorifico após a confeção: um especial alerta para a sopa que com facilidade “azeda”. Não é obrigatório deixá-la a arrefecer antes de a colocar no frigorifico. Vai evitar desperdícios.
Lembre-se de que cada pessoa é única sendo importante adaptar a alimentação às suas necessidades individuais. Para obter uma alimentação orientada, personalizada e completa, recorra a um profissional.
Não se esqueça: o verão é curto, recheado de opções não saudáveis e tentações, como as sangrias, os refrigerantes, as bolas de Berlim, os gelados, mas…. as calorias são eternas.
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