Os homens solteiros, jovens e ricos são as pessoas mais felizes da Europa. Já suspeitávamos disso, mas agora é oficial: foi o resultado de um estudo do Eurofund.
Mas esta foi a boa notícia (enfim, em se sendo homem, solteiro, jovem e rico…). As más notícias (enfim, sem se sendo português…) foram as seguintes: os portugueses são dos povos mais pessimistas da Europa (mesmo, depreende-se, os portugueses solteiros, jovens e ricos). De facto, Portugal é o quarto país mais insatisfeito e o terceiro mais infeliz (devem ter feito o inquérito naqueles meses em que não parou de chover…).
As razões para sermos infelizes? Não, não são metafísicas: os portugueses consideram-se infelizes se não tiverem saúde ou se não tiverem férias, aquecimento em casa ou comida suficiente. E sim, o dinheiro traz mesmo a felicidade. Ou pelo menos, a falta dele traz a infelicidade. No trabalho, também não há surpresas: quem tem mais qualificações e um emprego satisfatório considera-se mais feliz. A confiança nas instituições e nos serviços públicos também contou para avaliação, e aí percebe-se por que é que os portugueses são tão infelizes.
Parece, enfim, básico. E é: nos outros países, as pessoas apontam mais ou menos as mesmas razões para serem infelizes.
A diferença está no estado civil: em Portugal, os solteiros são mais felizes, ao contrário de países com a Itália, o Reino Unido, a França ou a Alemanha, onde os mais felizes são os casados. Enfim, mais do que pouco jeito para estarmos casados, o que nós não devemos ter é vida para isso…
Conclusão: portuguesas casadoiras, esqueçam os portugueses jovens, ricos e solteiros, que pelos vistos estão muito bem assim, e casem já com um italiano ou um francês (um inglês e um alemão não convém, que ficaram muito mal classificados nu estudo sobre os piores europeus nas artes do sexo: vejam artigo ‘Quem são os piores amantes do mundo?’).