
Ainda mal conhecida entre nós, a PPA é uma disfunção do sistema auditivo que afecta a capacidade de analisar e interpretar os sons. É cada vez mais investigada tendo em conta os casos despistados: afecta cerca de 5% das crianças em idade escolar.
Os sinais de alerta são vários: a criança pode mostrar-se retraída, reagir aos sons intensos, ter dificuldade em acompanhar uma conversa quando várias pessoas falam ao mesmo tempo, ter dificuldade em ouvir num local muito ruidoso, pedir que repitam. Pode gaguejar ou ter dificuldades de aprendizagem. Problema principal: a PPA é facilmente confundida com falta de inteligência ou problemas de comportamento. Afinal, o que é que se passa com estas crianças?
"Entre ouvir bem e não ouvir nada há muitos tipos de perda auditiva", explica a audiologista Cristiane Nunes, directora do gabinete Arte de Comunicar, que tenta aumentar a informação sobre a PPA de modo a que o seu diagnóstico seja correctamente feito. "Mas há também as pessoas que ouvem todos os sons mas sem qualidade. Uma criança com PPA é capaz de detectar os sons, não tem surdez, mas tem uma má representação dos sons e por isso terá dificuldade em percebê-los e reconhecê-los." As causas podem ser várias: falta de estímulos sonoros, otites frequentes, problemas respiratórios, como sinusites ou rinites, baixo peso ao nascer, alguma perda auditiva. A nutrição, o nível socioeconómico ou a escolaridade da criança não têm qualquer relação com a imaturidade do sistema auditivo.
TEM CURA!
TEM CURA!
O importante é que a PPA tem cura, principalmente se detectada a tempo, o que já é possível a partir dos seis anos: "É importante que os pais percebam que o seu filho tem apenas uma imaturidade num ponto de desenvolvimento, e que vai passar", explica Cristiane Nunes. "Mas quanto mais cedo procurarem ajuda, mais rápido a criança se corrigirá."
Claro que a idade tem influência: "Não se espera que uma criança de seis anos distinga diferenças subtis entre dois sons muito próximos. Mas uma criança de dez anos percebe facilmente esta diferença, em condições normais de amadurecimento das vias auditivas. Não perceber esta diferença implica muitas vezes não distinguir palavras como ‘esta’ ou ‘está’."
Claro que a idade tem influência: "Não se espera que uma criança de seis anos distinga diferenças subtis entre dois sons muito próximos. Mas uma criança de dez anos percebe facilmente esta diferença, em condições normais de amadurecimento das vias auditivas. Não perceber esta diferença implica muitas vezes não distinguir palavras como ‘esta’ ou ‘está’."
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