A sua irmã recentemente divorciada, o amigo do seu marido que é demasiado tímido para encontrar alguém, a prima Ritinha que passa a vida em casa… Como ajudá-los a encontrar par?
1. Identifique as suas intenções
Que são as melhores, não temos dúvida. Mas às vezes, os nossos ímpetos casamenteiros destinam-se mais a satisfazer o nosso ego (dá sempre imenso prazer fingir que somos Deus, ou pelo menos Afrodite) ou o nosso incurável romantismo ou a necessidade de nos metermos na vida dos outros, do que propriamente fazer a felicidade daqueles que amamos. Por isso, aprenda a identificar as situações com cabeça fria: é assim que se fazem os melhores negócios.
2. Não atire a ver se pega
A sua amiga Marta está solteira outra vez e o amigo Manel do seu marido também. Claro que, assim de repente, não está a ver o que é que eles possam ter em comum: a Marta é um bocado snobe e intelectual, o Manel só gosta de filmes em que imensos carros explodem contra imensos camiões e além disso tem um nariz comprido, mas enfim, não custa tentar… Pois, não custa tentar, mas o mais provável é que não sejam a pessoa da vida um do outro, o que vai resultar numa situação bastante incómoda para todos. Procure alguém mais compatível e deixe-os sozinhos por enquanto, em vez de andar a atirar as pessoas umas contra as outras ao calhas.
3. Esqueça os ditados populares
‘Os opostos atraem-se’? Pois o mais provável é que não se atraiam, não senhora. O que atrai mesmo as pessoas aparentemente muito diferentes são as suas semelhanças, não as suas diferenças. Terá mais sorte se procurar duas pessoas parecidas. Dica extra da ‘Cupida’ perfeccionista: procure acima de tudo semelhanças de temperamento. Duas pessoas calmas e alegres dar-se-ão melhor do que uma calma e uma intempestiva.
4. Meta o nariz
Para descobrir se duas pessoas são mesmo feitas uma para a outra, tem que saber primeiro como é que elas são. Pergunte: o que é que ele gosta de fazer nos tempos livres? E ela, prefere sair à noite ou ficar em casa a gritar as respostas aos concursos? Como é que foram as relações anteriores? O que é que falhou? Claro que, acima de tudo, tem de se certificar muito bem certificadinho que as duas pessoas não têm mesmo NINGUÉM nas suas vidas. Enfim, antes de juntar a Ana com o André, faça perguntas.
5. Não force
Lá porque você tem um casamento perfeito, não quer dizer que toda a gente esteja preparada para se comprometer, ou para se comprometer com quem você quer. Se você acha que o Paulo era mesmo mesmo perfeito para a Patrícia mas a Patrícia naquela noite apetece-lhe ficar em casa a ver DVDs, não force. Paciência. Não faça com que os seus amigos solteiros sintam que têm uma doença que precisa de ser curada a qualquer custo e que mais vale estar com alguém, seja quem for, do que sozinho…
6. Saiba que a imagem conta
Não há como ir à volta: o aspecto físico é importante, sim. Os homens costumam ser mais exigentes e as mulheres mais realistas, mas não exagere na capacidade de aceitação das suas amigas. Pense primeiro: você seria capaz de beijar o Luisinho? Se acha o Luisinho um susto, porque é que acha que ele seria perfeito para a sua amiga, só porque está solteiro? Sem a enervar, dê algumas dicas à sua amiga, leve-a ao cabeleireiro, ofereça-se para ir com ela às compras, diga-lhe que é linda.
7. Não vá junto
Pode pensar que a presença de outra pessoa amiga, ou mesmo de um casal, a vai acalmar, mas geralmente acontece o contrário: as duas pessoas ficam tão inibidas que não conseguem dizer coisa com coisa, e na maioria das vezes o ‘casal Cupido’ é que faz a conversa toda e a coisa nunca funciona. Deixe-os ir sozinhos.
8. Não exagere
O truque da boa ‘Cupida’ é aguçar o apetite, falando de um e de outro às duas pessoas que pretende juntar. Importante: não atice apetites que depois não podem ser satisfeitos. Evite passar o tempo a cantar louvores ao seu amigo Pedro se sabe perfeitamente que o Pedro nunca vai deixar a namorada que tem desde os 4 anos. Se as pessoas estão disponíveis e pensa mesmo que seriam a alma gémea uma da outra, faça de ‘advogada’ de ambas as partes. Mas atenção: não exagere! Pelo contrário, o truque é ser contida, para que depois as pessoas fiquem agradavelmente surpreendidas uma com a outra. Se disser ao Bernardo que a Beatriz é um clone da Giselle Bundchen e ele chegar lá e vir que ela é apenas uma loira (falsa) minimamente agradável, é provável que o encontro corra pior do que se lhe disser que ela, enfim, não é feia, e ele chegar lá e der de caras com uma loura giraça
9. – Não se limite a abrir o apetite
Quando as coisas estiverem em ponto de rebuçado, dê-lhes um empurrãozinho mais forte. Mas atenção: depois deixe-os levar a relação (ou não levar…) ao ritmo deles. Não lhe telefone no dia seguinte a saber como correu. Se decidirem que não são a pessoa um do outro, nada de suspirar: “ai mas porquê, vocês são tão parecidos, deste-lhe um chuto só porque ele te deixou pagar o teu almoço?, és demasiado exigente, assim não vais a lado nenhum!” Lembre-se: mesmo que estejam solteiras há 15 anos e tenham uma verruga na ponta do nariz, as pessoas têm todo o direito – mesmo o dever – de serem exigentes. Afinal, é da vida e da felicidade delas que se trata.
10. – Celebre!
Se conseguiu mesmo juntar o Rui e a Rosa num romance digno da Jane Austen, força! Arrecade os louros! Abra champanhe! Gabe-se à vontade! Afinal, deu-lhe bom trabalho, e fazer a felicidade de duas pessoas dá uma sensação incrível. Ressalva: não faça com que eles se sintam obrigados a convidá-la para madrinha do casamento…