Porque é que o tema masturbação continua a causar tanto desconforto? Como se o prazer próprio nos deixasse com a sensação de que estamos a fazer algo errado. Pois bem, está mais que na altura de falar sobre o assunto e de deixar para trás os sentimentos de vergonha, culpa ou o que quer que seja que o tema desperta em si.
No Reino Unido, a Glamour decidiu falar com as leitoras e fazer um pequeno inquérito, de modo a aprofundar o assunto. E, agora que passa mais tempo em casa, não nos pode dizer que não tem tempo para ler o que descobriram. Comecemos pelo facto de mais de metade das inquiridas – 53% – terem admitido ficar desconfortáveis a falar sobre o ato. Ainda assim, 91% disse fazê-lo.
Sejamos mais específicos: desdes 91%, 36% disseram fazê-lo 2 a 5 vezes por semana e 67% revelou usar um vibrador. Uns outros 82% disseram usar as mãos e 47% mostraram interesse numa maior oferta de brinquedos sexuais no mercado. Isto porque muitas revelaram preferir usar a imaginação, com 32% das inquiridas a garantir não ser capaz de ver pornografia.
E noque toca ao momento “O”? 67% revelou atingir o orgasmo durante a masturbação e 24% disse “raramente” chegar ao clímax com o parceiro. Já os motivos para a masturbação foram algo diversos: porque estão solteiras, porque estão excitadas (73%) ou para aliviar o stress (54%). 23% disseram ainda que este é um momento que beneficia a respetiva saúde mental.
E eis uma das curiosidades mais interessantes: 41% das participantes revelou desfrutar tanto deste ato quanto de sexo. Mas, afinal, perante todas estas percentagens e o impacto positivo que a masturbação parece ter na saúde física e mental, porque é que continuamos a ficar desconfortáveis sempre que este “prato” nos é servido numa conversa?
Vejamos umas últimas percentagens: 83% considera que existe um estigma em torno do desejo sexual feminino e 87% desejaria que a sociedade fosse mais tolerante perante o mesmo. E este é, precisamente, o problema. Mas se, grão a grão, formos enchendo o papo a este tema, rapidamente deixará de ser tabu. Pelo menos, não custa tentar.