O fim de uma relação vem acompanhado de uma montanha-russa de emoções, com altos e baixos num curto período de tempo, que pode ser para lá de confuso. Assim sendo, não é surpresa que muitos casais tenham ‘recaídas’ no processo de separação.
Contudo, por vezes, é difícil explicar por que o fazemos. Um grupo de investigadores publicou um estudo na revista científica “Evolutionary Psychology”, que inclui dois estudos sobre como homens e mulheres diferem nas respetivas abordagens ao ‘sexo de separação’ — que surge definido como ter uma relação sexual com um ex nas duas semanas seguintes (ou antes) ao término — e como se sentem quando tudo acaba.
Entenda as diferenças entre géneros
O primeiro estudo inquiriu 212 estudantes universitários sobre como se sentiam depois de terem ‘recaídas’. Em geral, as mulheres sentiam-se melhores em relação ao relacionamento, mas piores consigo mesmas. Já os homens sentiam-se melhor em relação a si próprios.
“Isto deve-se ao facto de as mulheres serem mais propensas do que os homens a expressar arrependimento por terem um encontro sexual casual, conforme documentado por estudos anteriores”, explica o Dr. T. Joel Wade, professor de Psicologia na Universidade de Bucknell University e co-autor do artigo, ao site Insider.
O segundo estudo pediu a um grupo de 292 estudantes universitários que escolhessem numa lista o que os motivou a ter sexo durante uma separação e classificar as razões. Segundo Wade, eles tendiam a fazê-lo por “motivos hedonistas” como, por exemplo, “quererem sentir-se bem, a oportunidade surgiu, tinham saudades de sexo e vontade de satisfazer necessidades”. Elas, por sua vez, tinham explicações mais relacionadas com o foro emocional.
Falta de representatividade
Uma das limitações dos dados foram os grupos amostrais usados para ambos os estudos. Tanto um como o outro era composto maioritariamente por pessoas brancas e heterossexuais. De acordo com Wade, uma das maiores questões por responder prende-se com as motivações de outras comunidades.
“Os dados não falar pelos indivíduos LGBTQ+, e os estudos nessa área têm de ser mais aprofundados. Penso que estudar esse comportamento pós-separação em pessoas ‘queer’ será uma via de investigação frutífera.”