Existem dois tipos de pessoas: aquelas que desenrolam o papel higiénico por cima e aquelas que o desenrolam por baixo. Um tema de discussão em muitos lares e que levanta uma dúvida: afinal, será que algum deles tem razão?
Agora, há uma resposta definitiva para o antigo debate. Ela remonta a 1891 e chega-nos sob a forma da patente original detida por Seth Wheeler, que inventou o papel higiénico com perfurações, de modo a combater o desperdício.
“Desde o advento dos rolos de papel (…) foram patenteados muitos dispositivos projetados para evitar o desperdício, mas todos os esforços nesse sentido foram separados dos rolos em si – ou seja, estão na construção de suportes providos de meios para evitar o desenrolar livre, fazendo com que as folhas se separem individualmente nos seus pontos de conexão,” escreveu Wheeler na patente. “O meu rolo melhorado pode ser usado nos suportes mais simples“.
Na altura, os picotados eram a grande novidade. Contudo, mais de um século depois, o público só retém isto: o desenho submetido por Wheeler com a patente mostra claramente como o produto deve ser pendurado: a desenrolar por cima.
Uma questão de higiene
De acordo com um estudo da Universidade do Colorado, esta é também a opção mais higiénica. Os investigadores identificaram 19 estirpes de bactérias presentes em casas de banho, sendo que um dos grupos mais populares é E.coli.
É mais provável que uma pessoa tenha essa e outras bactérias relacionadas nos dedos no momento em que usa o papel higiénico. Quando este é desenrolado por baixo, torna-se mais difícil identificar a ponta livre e separá-lo sem contaminar o resto do rolo. No entanto, se ficar disposto de forma a que o papel seja desenrolado por cima, só se toca na parte que irá parar ao autoclismo
Teste de personalidade
Passando a algo menos científico, segundo a especialista em relacionamentos Gilda Carle, a preferência de disposição diz muito sobre personalidades.
Em 2016, Carle fez um inquérito a mais de dois mil homens e mulheres intitulado The Toilet Paper Personality Test, no qual perguntava aos participantes se se consideravam “dominantes” ou “submissos” e como gostam de pendurar o papel higiénico. Todos os respondentes que alegavam ser dominantes preferiam desenrolá-lo por cima, enquanto os submissos escolheram a segunda opção.
Gilda avisa que ter duas personalidades dominantes no mesmo lar pode levar a conflitos, enquanto dois submissos “nunca levam nada para a frente”. A maneira mais simples de evitar potenciais problemas? A especialista sugere algo muito pouco romântico: falar sobre o assunto logo no primeiro encontro.