Está a passar por um término e sente-se outra pessoa. Dá por si a sentir saudades do seu ex, a verificar constantemente se ele atualizou as redes sociais e a perguntar-se o que deu errado. Esta mudança nos padrões de pensamento e comportamento pode ser causada por alterações neurais que ocorrem após o fim de uma relação.
Estudos de neuroimagem descobriram que a rejeição, mesmo que venha de um estranho, ativa muitas das regiões do cérebro estimuladas pela dor física. Para um desses trabalhos, a antropóloga biológica Helen Fisher, da Universidade Rutgers, recrutou voluntários que aceitaram ficar parados dentro de um equipamento de ressonância magnética enquanto olhavam para fotografias de pessoas que os tinham abandonado recentemente. Os participantes apresentavam atividade cerebral aumentada em várias regiões associadas à recompensa, motivação, vício e transtorno obsessivo-compulsivo.
O luto também pode fazer parte do processo de separação. Noutra investigação semelhante, com recurso à mesma máquina, um grupo de investigadores pediu a mulheres que tinham acabado de ficar solteiras que pensassem nos ex-companheiros. Os especialistas descobriram padrões de atividade cerebral consistentes com sentimentos de tristeza, ruminação e depressão crónica.
Estas conclusões ajudam a explicar os motivos para a desvinculação é tão complicada, bem como o impacto devastador da fase em que um amor termina.